quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sobre o Direito em Kant


Kant define direito como 

"a soma das condições sob as quais a escolha de alguém pode ser unida à escolha de outrem de acordo com uma lei universal de liberdade" (A Metafísica dos Costumes, Folha de São Paulo, 2010 p. 54).

Assim, em harmonia com o imperativo categórico, Kant assim afirma ser o direito um meio pelo qual um ser racional pode exercer a sua liberdade sem infringir a liberdade de outro, ao ponto de haver um certo acordo de escolhas cooperadas. Ora, estando posta na razão uma lei universal, todos estariam sujeitos a tal lei geral internamente, de modo que o agir prático se constituiria, em tese, numa aplicabilidade desta lei por dever. Isso, consequentemente já implicaria na própria forma do direito, a saber, a retidão nas atitudes humanas oriundas da obediência à lei interna. com efeito, a lei universal é o pilar de todas as condições ou proposições normativas do direito para que possa haver a livre escolha dentro desse acordo cooperativo com base no imperativo. Ora, se para Kant a liberdade consiste na obediência à lei universal, isso implica que, o agir correto é, neste sentido, perfeita harmonia entre vontade e lei, proporcionando desta forma um agir coletivamente livre.

Contudo, essa teoria se constitui num ideal kantiano, ou seja, se trata daquilo que deveria ser, mas que na verdade, não ocorre, muito pelo contrário. Pois, devido as inclinações sensíveis, o homem pende para o mal, daí outras implicações na filosofia do direito são necessárias.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

A Ressignificação da Linguagem



A Linguagem está nos dizendo algo desde o princípio. Em cada fala ou escrita humana, ou em qualquer outra forma de expressão, e, principalmente por meio das grandes individuações (os filósofos), a linguagem se mostra para nós em respostas às suas próprias indagações mais obscuras e inalcançáveis.

Assim, a linguagem dada se desenvolveu a partir de seu modo ordinário ou comum, desde a codificação do mundo até os conceitos mais ontológicos e ainda mais escuros.

Qual seria então a tarefa hoje da filosofia?

primeiro que a filosofia não precisa de uma nova tarefa, mas se fossemos propor uma nova fase, está é a de ordenar o pensamento na história de maneira que possamos extrair de cada pensador possível uma linha mestra no sentido de decifrarmos os caminhos, as pistas deixadas pela linguagem em toda sua história para que assim possamos desenvolver uma teoria que possa reconstruir os sentidos dos conceitos a ponto de resignificarmos a linguagem numa forma definitiva de sua compreensão.

O Pensamento implica tão somente em agente (individuação que manipula) e linguagem (instrumento). Daí, é o movimento destes que produz conhecimento diante de si e do mundo.

Assim, pensamento pode ser entendido como a relação da individuação com o logos diante de si e do mundo.