O Determinismo no Futebol
Com este clima de copa do mundo no Brasil começamos a pensar sobre algo intrigante neste campeonato. Principalmente, a partir desta segunda faze, nas oitavas, onde há a possibilidade, em caso de empate no tempo normal, de prorrogação da partida e/ou persistindo o empate, a partida ser definida nos pênaltis.
Deste modo, somos levados a imaginar o seguinte: se a partida tem que ter um vencedor, e, se o vencedor já é, pelo determinismo, previamente estabelecido no campo supra-sensível, ou na esfera do divino, porque então não se define o vencedor já no tempo normal? Porque aquilo que determina o vencedor, seja o destino ou Deus, necessita ou opta por definir na prorrogação ou nos pênaltis?
Além disso, a humilhação ou a glória sobre aqueles que especialmente cobram ou defendem, no caso das cobranças de pênaltis é motivo também de nossas investigações, uma vez que, tanto o tempo regulamentar como na prorrogação existe a responsabilidade do coletivo, do geral como diria Kierkegaard, mas que, ao se efetivar os pênaltis, tal responsabilidade passa a ser particular, individual. Seria esse o propósito da determinação para além do tempo regulamentar, ou seja, transferir o foco de suas objetivações do geral para o particular? De qualquer forma, ainda ficaria em aberto a decisão na prorrogação. Vamos então procurar uma solução, se for possível.
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