Mais misteriosa que a morte é a vida. Pois, acerca da morte cabe a imaginação, uma vez que não dispomos de dados para além do que observamos acontecer aos outros. Não cabe a imaginação para explicarmos o que é a vida, porém, por mais que nos esforcemos não encontraremos nas palavras a exatidão para exprimir o que verdadeiramente é.
Assim, o que dizer da vida? que, embora a percebamos por estarmos nela, não fazemos a mínima ideia do que ela, e tudo que está nela, seja.
Por outro lado, nada nos garante que iremos morrer, a não ser a experiência que observamos acontecer com os outros. Deste modo, dizemos que estamos vivos e por isso carregamos o fardo dessa ignorância.
Melhor seria entendermos que estamos mortos e que a morte pode, como possibilidade, nos conduzir à verdade. Não! isso também soa falacioso. Ora, mas tudo é falacioso uma vez que no conceito de infinito a vida e a morte se entrelaçam e se fundem.
Enfim, são apenas dois nomes dados a dois estados de ser e de não-ser que acontecem sendo, ou seja, mais um princípio antagônico de um Algo.
Davi Gadelha Pereira
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