segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Opressão e Opressores: Qual o Fundamento da Dominação?




A opressão ocorre porque os opressores oprimem ou os opressores oprimem por conta da opressão? Com isso, qual é o fundamento da dominação? A opressão aí no mundo ou a vontade de controle de quem controla? Se o controlado e oprimido é maioria, porquê o senso de conformidade aos fins dos dominadores? Me parece que, ontologicamente, o conceito de opressão em seu fundamento é contradição necessária à ordem.


Deste modo, a esperança política é sempre negativa justamente porque sempre se espera ao passo que, contrariamente a isso, pode, positivamente entender-se tal esperança enquanto ideal, ou seja, algo que ainda não é, mas que pode tornar-se um dia. Portanto, a positividade da esperança política se mostra em sua possibilidade idealizada, porém, impossível na experiência dada.


De modo que "oprimir" é o nome da ação realizada por aquele quem a pratica, mas o substantivo feminino "opressão", o que é? Logo, a pergunta que faço é: a coisa substantivada é originada pela ação realizada pelo querer do individuo ou há uma opressão metafísica que proporciona as ações? O que é, pois, a opressão? Será que quem oprime também não está sendo oprimido para oprimir?


Se capturarmos como base exemplificadora disso a noção idearia de "aura da arte" a qual se reportava Walter Benjamin, podemos compreender, se aqui aplicarmos ao produzente da ação, a saber, seu substantivo,que este substantivo é o ser da ação, logo, sua aura.

Se a aura é a pureza e singularidade da arte, o conceito "opressão" é a essência do conceito de "oprimir", isto é, um principio que a revela, um fundamento primeiro desse agir.

Assim, ou se admite que a ação no agente se produz quando este age ou este age por um princípio que o norteia, esteja tal principio no campo objetivo ou mesmo subjetivo, ou, talvez, no anti-espaço-tempo.

Estou falando do ser da ação, sua aura, seu substantivo. Ora, nos parece que é a ação propriedade de seu substantivo, ou seria o inverso? O ser da ação é o objeto de nossa atenção de agora em diante.

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