domingo, 27 de abril de 2014

Mensagem: Um Olhar Para o Céu




Mensagem deste dia 27/04/2014 na Congregação Batista no Chico Mendes em Campina Grande, Paraíba. Baseada em Atos 1:1-11. Procuramos responder as seguintes questões: O que significa olhar para o céu? Como olhar para o céu? Mas por que as pessoas já não olham mais para o céu?
Detalhe para o fundo musical que estava tocando no vizinho,kkk. Bênção de Deus a oportunidade de compartilhar da sua Palavra. Que o Senhor abençoe sua vida!!!

Um Olhar para o Céu

Atos 1:1-11

Introdução

Em 27/04/2014

            Este mês os olhos do mundo estavam voltados para o céu. Para o planeta Marte e o eclipse da Lua. Quantos ficaram vendo estes eventos? Não deu pra ver muito não né?
            Há muitos anos os homens estão olhando para o céu, para estuda-lo, para tentar entender o universo, procurando explicações para a vida. Estamos tão preocupados com a nossa vida no mundo que não paramos mais para olhar para o céu.
            Jesus passou 40 dias na terra após a ressurreição, mas antes e mesmo depois deste evento em atos, ainda apareceu mais vezes num total de 18 aparições no novo testamento após a ressurreição. Visto por 500 irmãos, segundo I Co 15:6 entre o 9º e o 39º dia.
Neste versículo 11 do primeiro capítulo de atos, após a ascensão de Jesus aos céus no 40º dia, no cenáculo em Jerusalém e depois no monte das oliveiras, para a grande comissão, as pessoas ficaram desoladas olhando fixamente para o céu. Foi então que dois varões se aproximaram e disseram que Jesus voltaria de igual modo como partiu.
Tal evento me fez meditar sobre esta comoção mútua daquelas pessoas olharem para o céu. Tal gesto, repreendido pelos anjos, soa para mim como um ato de lamento, de espera e também de fé. Pois, apesar de tudo que aconteceu e das palavras de Cristo de que somente Deus em sua “exclusiva autoridade” é quem sabe dos tempos e das épocas, ainda assim, aqueles homens e mulheres continuaram com seus olhos fixos no céu; apesar de Cristo estar os deixando pela segunda vez, eles continuaram olhando para o céu.
Porém, o tempo passou, os séculos avançaram, os homens “mudaram” em muitos aspectos e hoje me faço aquela pergunta dos anjos de maneira negativa.
·         Se os varões de branco perguntaram: por que estais olhando para o céu?
·         Hoje me pergunto: por que já não se olha mais para o céu?

 Mas o que significa este “olhar para o céu”?

I.              O que significa olhar para o céu?

Então me pergunto afinal: que significa então olhar para o céu?
1.     Olhar para o céu é esperar a volta do Rei dos Reis;
2.     Olhar para o céu é contemplar e aguardar o lar celestial: Cl. 1:5;
3.     Olhar para o céu é manter aceso o candeeiro da fé Mt. 25:1-13;
4.     Olhar para o céu é contemplar a salvação Is. 51:06;
5.     Olhar para os céu é também ter a certeza de que Aquele que criou os céus e a terra também está olhando de maneira especial para você Sl 14:2.

II.            Como olhar para o céu?

Quem olha para o céu, tem esperança, se tem esperança, tem paciência, se tem paciência espera e quem espera:

·         Espera obedecendo – os discípulos não se ausentaram de Jerusalém At. 1: 4 e 12;
·         Espera orando – At. 1:14;
·         Espera organizando sua vida – colocando no lugar das coisas velhas coisas novas, no lugar de Judas, Matias. Matias representa o novo, o complemento.

Jesus nos convida a olharmos para ele. Olharmos para o céu no sentido de espera de sua volta gloriosa. Não é uma espera passiva, mas ativa.

III.           Mas por que as pessoas já não olham mais para o céu?

Por causa do pecado;
Não se olha mais para o céu devido a cobiça de cada coração;
Devido a secularização, relativização ou banalização do sagrado;
Porque preferimos olhar para o que é terreno, para o que é imediato;
Porque amamos mais as trevas do que a luz;
Porque se sentem aprisionadas aos seus problemas circunstanciais.

IV.           Há 3 grupos de pessoas que podemos destacar em relação a este olhar negativo para o céu

1.     DESESPERADOS: É notório que hoje muitos já não olham mais para o céu, pois já perderam a fé nos homens, nos políticos, na família, na igreja, nos líderes, na religião, em Deus;
2.     ALUCINADOS: Percebo também que ainda existem aqueles que olham, mas de maneira estranha, acreditam num céu esquisito, num céu que nunca vem ou que será na terra, num deus estranho que nada pode oferecer além das coisas terrenas, fúteis e banais. Não queridos! Não é para este céu que quero olhar;
3.     ESPERANÇOSOS: Mas existem também aqueles que ainda olham com o mesmo sentido de espera, com o sentido na promessa. Esperança de um dia ver o céu ser aberto. 

** às vezes me pego olhando para o céu. Sempre que posso e me lembro eu olho para o céu literalmente falando. Não se trata de superstição, olho não apenas para contemplar a beleza da obra das mãos de Deus, não apenas para contemplar o pôr-do-sol, que por sinal nunca houve um se quer igual ao outro, mas porque eu sei que mais sedo ou mais tarde os céus se abrirão, não apenas as camadas gasosas que envolvem a terra, mas sim todo o universo será desvelado como uma fenda que se abre na rocha, o universo será descoberto e contemplaremos verdadeiramente o que há para além daquilo que os olhos podem ver.


Conclusão

Chega de olhar para os problemas
Chega de olhar para as drogas, bebidas, prostituição, para o pessimismo dos outros,
Chega de olhar para os irmãos da igreja, para o pastor, pra o vizinho;
Chega de olhar pra você mesmo, para o seu próprio umbigo, para a força do seu braço;
É tempo de olharmos para o céu
Ai de nós se não olharmos para o céu
Ai de nós se nossa esperança não estiver naquele que criou o céu
Não desista de olhar para o autor do céu

Apelo

E você meu amigo, minha amiga que nos visita esta noite? Em qual dos grupos você está inserido? Entre aqueles que já não olham mais para o céu, os desventurados? Entre os que olham de maneira estranha, conduzidos por doutrinas inconsistentes de um céu terrestre, ou de um céu que nunca alcançará? Ou você está entre aqueles que ainda olham para o céu com o sentido da promessa da vinda de Cristo e o espera fervorosamente dia-a-dia? Basta um olhar para o céu, um olhar para Jesus, e ele mudará o rumo de sua vida para sempre.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Comentário acerca do Filme Noé (NOAH) - que ainda nem vi.




Bom!! Eu Ainda não vi, mas em virtude da grande repercussão negativa acerca do filme de "ficção" "baseado" na história para os cristãos e mito para os não-cristãos de Noé, venho também dar minha humilde opinião. Alguns evangélicos que se acham donos das mentes de seus seguidores estão aconselhando que não vejam o filme em virtude de acharem haver incoerência com o relato bíblico. Em primeiro lugar não vai ser cantor gospel que não dar nem uma mensagem em seu show e num faz nenhuma ministração como Fernanda Brum nem outro qualquer pastorzinho de meia tigela que vai me dizer o que devo ou não assistir, sou livre em Cristo e tenho razão suficiente para separar bênção de maldição. em segundo lugar o filme em nenhum momento foi idealizado com o fim de fazer apologia judaico-cristã, mas trata-se de uma obra de ficção que baseia-se no conto épico da Arca de Noé. Em terceiro lugar, em tempos de secularismo devemos prestigiar os poucos que se colocam a construir uma produção com bases bíblicas. Com boa intenção ou não a história é sempre inspiradora e digna de reverência, pois faz parte de uma das mais grandiosas narrativas bíblicas. Coerência ou não, todos nós temos um lado herege. Jesus disse "quem não é contra mim, é por mim". O cinema é a arte das artes, junção de fotografia, música, imagem, pintura, som, etc. Um excelente arma ideológica de massas e porque também não dizer evangelizadora. Talvez esses cristãos sentimentalistas estivessem esperando uma enxurrada de cenas emocionantes que fizessem a todos chorar, como o fizera o "Jesus" de Mel Gibson. Por fim, queira dizer mais, porém não acredito ser conveniente, pois para mim já basta poder ver uma produção que relate um fato bíblico ainda que não concorde com algumas coisas de seus idealizadores, é preciso diferenciar, portanto, a arte comercial da doutrina cristã e enaltecer aquilo que de bom possa ser retirado da obra.Geralmente filmes ou eventos religiosos tendem a levantar polêmica, e, isso também faz parte do marketing e do jogo de mercado. Cabe a nós cristãos continuar pregando a Cristo, e este crucificado.

terça-feira, 25 de março de 2014

Resenha de Ciência e Política - duas vocações (Max Weber) - Parte 2 Final





A Política como Vocação

  
No seu segundo ensaio, A Política como Vocação, é considerada como política a direção do agrupamento humano, chamado de Estado, o qual é anunciado como comunidade humana que, dentro de um território, reivindica o uso da violência física.
Cabe aos homens políticos, uma vez que os mesmos são os representantes do poder, a administração dos meios materiais de gestão e também o controle da máquina administrativa. Os políticos exercem suas funções de duas formas: ou se vive da política ou se vive para a política. Isso diferencia os que possuem por natureza uma vocação real. O desenvolvimento da função pública moderna exige funcionários qualificados que possam dar continuidade à gestão institucional. Na base dessa qualificação está a racionalização do mundo e a divisão social do trabalho.
O autor esclarece também a natureza de sentimento do poder e as condições que são exigidas para adquirir o direito de interferir na História utilizando-se da política, as quais provêm de três qualidades: sentido de responsabilidade, senso de proporção e paixão.
Weber indica fundamentalmente a condição ética da política, que está determinada pela ideia de mundo, assim como a ética da ciência. Afirma a importância desta mesma ideia de mundo ser precedida da qualidade própria ao homem público, a de responsabilidade pelo futuro.


A ética da responsabilidade e a ética da convicção



Coloca a ética da responsabilidade e a ética da convicção como questão decisiva, que se complementam apesar de parecerem opostas, analisa as consequências práticas de cada uma, relacionando-as com o instrumento da violência legítima, o qual é o meio de que se vale o Estado para efetivar suas intenções.
Para Weber, a ética da convicção é o conjunto de normativas e valores que ordenam o comportamento do político em sua esfera privada. Já na ética da responsabilidade é representado o conjunto de normas e valores que orientam as decisões do político a partir de sua posição como legislador ou governante. Assim, o político se depara com duas situações distintas, uma de suas convicções particulares e outra que enfrenta quando está a frente do governo, com suas dificuldades, limitações e exigências.


Para Weber cabe àqueles políticos responsáveis, assim como ocorre com o cientista, se apropriar do código dos valores considerados válidos e vigentes para legitimar sua posição, com senso de responsabilidade e proporcionalidade. Deste modo, a distinção que Weber faz entre uma ética da convicção e uma ética da responsabilidade não concede uma carta branca para que o político traia suas promessas de campanha, por exemplo, mas ela apenas reconhece esta necessidade de adaptação às circunstâncias do poder.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Ciência e Política - Duas Vocações (Max Weber) - Parte 1




A Ciência como Vocação


Em A Ciência como Vocação, Weber faz uma análise de como a prática científica pode ser exercida enquanto vocação, indicando as diferenças organizacionais, estruturais e de funcionamento dos modelos acadêmicos da América do Norte e da Alemanha. Weber considera que a vocação científica é direcionada por uma crescente especialização do conhecimento bem como a paixão para perseguir a "experiência viva da ciência", produzindo algo que defina valor. A intuição científica aparece como resultado do trabalho assíduo e da paixão na busca das respostas, as quais serão úteis para o avanço deste tipo de conhecimento e deverão inevitavelmente ser superadas.
Em seguida aborda o ponto fundamental de seu ensaio, qual seja aquilo que significa da ciência para o mundo moderno. Deve-se reconhecer, na compreensão de tal significado, que a racionalização e a intelectualização como elementos próprios da ciência, não conduzem a um conhecimento crescente e partilhado das condições de vida atual, mas a conclusão que os fenômenos são racionais, tendo suas explicações dominadas por meio do controle técnico e da previsão.
Weber não dá nenhuma garantia para a vocação científica. Nem mesmo a especialização é pode servir de garantia para coisa alguma. Pois, não há método para a inspiração, não há nenhum caminho seguro que conduza até ela. O autor pouco a poucos vai desfazendo toda ilusão quanto à existência de uma finalidade ou tarefa nobre para a ciência ao demostrar os limites da racionalidade.

Conclui que os cientistas com seus esforços e sua racionalidade, não conseguem conduzir ao sentido do mundo e nem a Deus. A ciência tem como pressuposto que os resultados de seu trabalho são importantes em si mesmos. Tais pressupostos são variáveis e dependentes da estrutura de cada ciência, a qual não tem condições de impor valores, pois estão sempre em contradição e se alterando com o passar do tempo.

A Ciência como Vocação


Em A Ciência como Vocação, Weber faz uma análise de como a prática científica pode ser exercida enquanto vocação, indicando as diferenças organizacionais, estruturais e de funcionamento dos modelos acadêmicos da América do Norte e da Alemanha. Weber considera que a vocação científica é direcionada por uma crescente especialização do conhecimento bem como a paixão para perseguir a "experiência viva da ciência", produzindo algo que defina valor. A intuição científica aparece como resultado do trabalho assíduo e da paixão na busca das respostas, as quais serão úteis para o avanço deste tipo de conhecimento e deverão inevitavelmente ser superadas.
Em seguida aborda o ponto fundamental de seu ensaio, qual seja aquilo que significa da ciência para o mundo moderno. Deve-se reconhecer, na compreensão de tal significado, que a racionalização e a intelectualização como elementos próprios da ciência, não conduzem a um conhecimento crescente e partilhado das condições de vida atual, mas a conclusão que os fenômenos são racionais, tendo suas explicações dominadas por meio do controle técnico e da previsão.
Weber não dá nenhuma garantia para a vocação científica. Nem mesmo a especialização é pode servir de garantia para coisa alguma. Pois, não há método para a inspiração, não há nenhum caminho seguro que conduza até ela. O autor pouco a poucos vai desfazendo toda ilusão quanto à existência de uma finalidade ou tarefa nobre para a ciência ao demostrar os limites da racionalidade.
Conclui que os cientistas com seus esforços e sua racionalidade, não conseguem conduzir ao sentido do mundo e nem a Deus. A ciência tem como pressuposto que os resultados de seu trabalho são importantes em si mesmos. Tais pressupostos são variáveis e dependentes da estrutura de cada ciência, a qual não tem condições de impor valores, pois estão sempre em contradição e se alterando com o passar do tempo. 

Deus é Amor ou Justiça?




Deus é Amor ou Justiça?

Pensando aqui com meus botões, percebo que amor e justiça em Deus não são atribuições antropomórficas opostas. Primeiro tenhamos em mente que Deus é imparcial e Nele não há "sombra nenhuma de variação", logo Deus não ama, nem se ira e nem qualquer outra coisa que seja. Amor e ira são sentimentos humanos atribuídos a Deus de acordo com o entendimento do humano em relação ao seu agir para com a esta própria humanidade, ou seja, é a cosmovisão humana atribuída a Deus em detrimento da observação de seus feitos. Assim, amor e justiça são a mesma coisa em Deus, isto é, quando Deus ama está sendo justo e quando exerce sua ira com justiça está também amando o pecador. De modo que a máxima supera qualquer possível distinção entre estes dois termos quando atribuídos a Deus. Pois Deus não é em sua essência nem amor e nem justiça, mas plenitude santa e perfeita. Deus "é o que é" e o "é" sempre, sem mudança. Resta-nos apenas nos lançar em seus braços com fé, sabendo que ele nos formou e nos conhece e que toda condenação Cristo já deixou na cruz. Deus nos abençoe!!!