Não por outra razão, SARTRE afirmou que “Kant não era a lâmpada do mundo, mas todo um sistema solar, que subitamente resplandecera” (BONAVIDES, 2013, p. 92).
Deussen afirmou que, ao lado do advento de Cristo, o aparecimento da Crítica da Razão Pura (1781) era o acontecimento mais profundo na história do pensamento humano.
GOETHE, por sua vez, confessou que a leitura da obra kantiana se assemelhava a adentrar um recinto iluminado (BONAVIDES, idem, ibidem).
Mais misteriosa que a morte é a vida. Pois, acerca da morte cabe a imaginação, uma vez que não dispomos de dados para além do que observamos acontecer aos outros. Não cabe a imaginação para explicarmos o que é a vida, porém, por mais que nos esforcemos não encontraremos nas palavras a exatidão para exprimir o que verdadeiramente é.
Assim, o que dizer da vida? que, embora a percebamos por estarmos nela, não fazemos a mínima ideia do que ela, e tudo que está nela, seja.
Por outro lado, nada nos garante que iremos morrer, a não ser a experiência que observamos acontecer com os outros. Deste modo, dizemos que estamos vivos e por isso carregamos o fardo dessa ignorância.
Melhor seria entendermos que estamos mortos e que a morte pode, como possibilidade, nos conduzir à verdade. Não! isso também soa falacioso. Ora, mas tudo é falacioso uma vez que no conceito de infinito a vida e a morte se entrelaçam e se fundem.
Enfim, são apenas dois nomes dados a dois estados de ser e de não-ser que acontecem sendo, ou seja, mais um princípio antagônico de um Algo.
BBC teve acesso a cartas do papa e Anna-Teresa Tymieniecka, mantidas em segredo por anos pela Biblioteca da Polônia
Centenas de cartas e fotos contam a história de uma relação próxima entre o papa João Paulo II e uma mulher casada, que durou mais de 30 anos. A BBC teve acesso a parte da correspondência trocada entre o papa e a filósofa polonesa naturalizada americana Anna-Teresa Tymieniecka, que foram mantidas em segredo por anos pela Biblioteca Nacional da Polônia.
Os documentos revelam uma face pouco conhecida do pontífice, que morreu em 2005. Não há sugestão de que o papa tenha quebrado seu celibato.
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Quando ambos se conheceram, em 1973, o então cardeal Karol Wojtyla era arcebispo de Cracóvia. Como ele, Tymieniecka era polonesa e tinha vivido a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra ela foi estudar no exterior e veio a desenvolver carreira como filósofa nos Estados Unidos, onde se casou e teve três filhos.
Tymieniecka contatou o futuro papa sobre um livro de filosofia que ele havia escrito. Ela então viajou dos EUA até a Polônia para discutir o trabalho. A troca de cartas começou pouco depois. As cartas do cardeal eram formais no começo, mas se tornaram mais íntimas à medida que a amizade crescia.
A dupla decidiu trabalhar em uma versão ampliada do livro do cardeal The Acting Person (Pessoa em ação, em tradução livre). Eles se encontraram por muitas vezes - às vezes com a secretária de Wojtyla presente, às vezes a sós - e se corresponderam frequentemente. Em 1974, ele escreveu que estava relendo quatro cartas de Tymienkiecka escritas em um mês porque eram "significativas e profundamente pessoais".
No verão de 1976, o cardeal Wojtyla liderou uma delegação de bispos poloneses em um grande encontro católico nos EUA, e Anna-Teresa Tymieniecka o convidou a ficar na casa de campo da família na pequena cidade de Pomfret, em Vermont. Era o tipo de vida na natureza que o papa adorava, e as fotos feitas à época mostram o futuro papa relaxado e descontraído.
Ela aparentemente revelou sentimentos fortes pelo papa porque as cartas escritas por Wojtyla logo depois sugerem um homem lutando para definir em termos cristãos a amizade que mantinham.
Em setembro de 1976, ele escreve: "Minha querida Teresa, recebi todas as três cartas. Você escreve sobre estar arrasada, mas não consegui encontrar resposta a essas palavras." Ele a descreve como um "presente de Deus".
"Aqui temos uma das grandes figuras públicas transcendentais do século 20, o chefe da Igreja Católica, em uma relação intensa com uma mulher casada", diz Eamon Duffy, professor de história do cristianismo na Universidade de Cambridge.
A BBC não teve acesso às cartas escritas por Tymienkiecka. Acredita-se que cópias tenham sido incluídas no arquivo da filósofa que foi vendido à Biblioteca Nacional da Polônia em 2008, seis anos após a morte dela. Mas elas não estavam lá quando a BBC consultou o arquivo. A biblioteca não confirmou a posse das cartas de Tymienkiecka.
Marsha Malinowski, uma comerciante de manuscritos raros que negociou a venda das cartas, diz acreditar que Tymienkiecka tenha se apaixonado pelo cardeal Wojtyla logo no começo do relacionamento entre os dois. "Acho que isso se reflete completamente na correspondência", afirmou à BBC.
As cartas revelam que o cardeal deu a Tymienkiecka um de seus objetos mais preciosos, um escapulário - um colar de devoção com dois quadrados pequenos, geralmente de pano.
Em uma carta de 10 de setembro de 1976, ele escreveu: "No ano passado já estava buscando uma resposta a essas palavras: 'Eu pertenço a você', e finalmente, antes de partir da Polônia, encontrei uma maneira, um escapulário. A dimensão na qual aceito e sinto você em todo lugar em todos os tipos de situações, quando você está perto e quando está distante."
Após tornar-se papa, ele escreveu: "Estou escrevendo após o evento, para que a correspondência entre nós continue. Prometo que me lembrarei de tudo nesse novo estágio da minha jornada".
O cardeal Wojtyla tinha várias amigas, entre elas Wanda Poltawska, psiquiatra com quem trocou cartas por décadas. Mas suas mensagens a Tymienkiecka às vezes são muito mais intensas, e em alguns pontos lutavam com o sentido da relação que mantinham.
Canonização João Paulo II foi diagnosticado com mal de Parkinson no começo dos anos 1990, e passou a ficar cada vez mais isolado no Vaticano. Anna-Teresa Tymieniecka o visitava com frequência, e mandava flores e fotos de sua casa em Pomfret.
Após a última visita dele à Polônia, ele escreveu: "Nosso lar comum; tantos lugares onde nos encontramos, onde tivemos conversas tão importantes para nós, onde vivenciamos a beleza da presença de Deus".
O marido de Tymienkiecka, Hendrik Houthakker, era um conhecido economista de Harvard. Após a queda do comunismo, ele aconselhou João Paulo 2º sobre a economia dos países do leste europeu, e o papa o homenageou pelos serviços prestados.
O papa João Paulo II morreu em 2005, depois de um pontificado de quase 27 anos. Em 2014 ele foi declarado santo. O processo de canonização costuma ser longo e custoso, mas o de Wojtyla levou apenas nove anos.
Normalmente o Vaticano requisita todos os escritos públicos e privados quando avalia um candidato a santo, mas a BBC não conseguiu confirmar se a correspondência com Tymieniecka foi examinada.
A Congregação para as Causas dos Santos, órgão do Vaticano responsável pelas canonizações, disse que cabe aos fieis católicos decidir sobre o envio de documentos úteis aos processos. "Todas nossas tarefas foram cumpridas", informou o órgão, em nota. "Todos os documentos privados enviados por fieis e documentos localizados em importantes arquivos foram estudados."
Para a Biblioteca Nacional da Polônia, não foi uma relação única. A instituição diz que foi apenas uma entre várias amizades próximas que o papa teve durante sua vida.
"Não somente conhecemos a deus por meio de Jesus Cristo, senão que não nos conhecemos a nós mesmos senão através de Jesus Cristo. Não conhecemos a vida, a morte, senão através de Jesus Cristo. Fora de Jesus Cristo não sabemos nem o que é nossa vida, ném nossa morte, ném Deus, ném nós mesmos". Blase Pascal, Pensamentos, 729.
Vídeo que procura apresentar o conceito de existência no pensamento kantiano, e, a partir dessa concepção, entender o que Kant entendia por existência de Deus.
Vídeo que comenta acerca do pensamento do filósofo medieval Tomás de Aquino concernente a partes de sua obra Suma Teológica. Aqui está sendo tratado sobre a primeira questão do livro V intitulado "O objeto da fé" em seu artigo primeiro se "o objeto da fé é a verdade primeira".
Vídeo que comenta acerca do pensamento do filósofo medieval Tomás de Aquino concernente a partes de sua obra Suma Teológica. Aqui está sendo tratado sobre a primeira questão do livro V intitulado "O objeto da fé" em seu artigo primeiro se "o objeto da fé é a verdade primeira".
Muito se falou na história do pensamento acerca desses conceitos, mas muito pouco pode-se avançar em suas considerações. De modo que nosso interesse aqui é alargar ainda mais esta discussão com o intuito de contribuir com a filosofia e as demais áreas do conhecimento que se dedicam a estudar estes conceitos, como a exemplo da matemática e da física.
Algumas questões podemos levantar quando a discussão é o conceito de tempo e, porquê não, também, o de infinito. Vejamos algumas:
Em qual tempo, exatamente, acontece um fato?
O que é um momento?
Uma vez que o tempo é um conceito dado ao constante movimento, o que nos remete ao conceito de infinito como uma característica intrínseca do conceito de tempo, uma vez que no tempo não há ponto fixo algum, apenas temos a ideia daquilo que passa constantemente, onde não há medida exata ou fixa na qual possamos determinar o "parado", o "estático", o início de uma ação, de um ato, de um acontecimento, podemos notar que o tempo se constitui apenas um nome, como afirmou Berkeley, ao que completo: dado àquilo que se passa sempre. Deste modo, não pode ser, de inicio, retrógrado, porém, isso é algo indeterminado. tal conceito, realmente não se constitui em um objeto da sensibilidade - como afirmou Kant brilhantemente - contudo, Kant não o fundamentou na força e no movimento, o que, para mim, é fato, a saber, que o movimento dá origem a ideia de tempo, e este deve ser entendido como uma "contagem" infinita desse movimento.
Eis aqui o problema crucial, a saber, que cada fato, cada movimento ou ação, mesmo dos entes considerados inanimados, não possui um momento específico, pontilear, para começar ou terminar, o que gera um princípio de eternidade.
Ora, se o tempo é sempre constante - ao modo de Heráclito - o mesmo não possui partes, nem pontos, nem inicio e nem fim. Algo constante pode ser simbolizado da seguinte maneira:
_________
Diferentemente de:
.....................
Assim, o tempo estando enquadrado no primeiro modo, não pode possuir nenhuma unidade de medição suficiente para descrever a sua natureza. Logo, no conceito de tempo podemos atrelar os conceitos inseparáveis de força, movimento, tempo, infinitude, eternidade, nesta ordem.
Pois bem, o tempo ocorre no infinito. Mas se o infinito é comumente entendido como aquilo que não tem fim, o que seria desta definição de infinito se dissermos que nada e tudo não tem fim, que começo, meio e fim são infinitamente, começo, meio e fim?
Vídeo que comenta acerca do pensamento do filósofo medieval Tomás de Aquino concernente a partes de sua obra Suma Teológica. Aqui está sendo tratado sobre a primeira questão do livro V intitulado "O objeto da fé" em seu artigo primeiro se "o objeto da fé é a verdade primeira".
O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Conseqüentemente, o homem é infante, educando e discípulo.Os animais, logo que começam a sentir alguma força, usam-na com regularidade, isto é, de tal maneira que não se prejudicam a si mesmos. E de fato maravilhoso ver, por exemplo, como os filhotes de andorinhas, apenas saídos do ovo e ainda cegos, sabem dispor-se de modo que seus excrementos caiam fora do ninho.
A maior parte dos animais requer nutrição, mas não requer cu idados. Por cuidados entendem-se as precauções que os pais tomam para impedir que as crianças façam uso nocivo de suas forças. Se, por exemplo, um animal, ao vir ao mundo, gritasse, como fazem os bebês, tomar-se-ia com certeza presa dos lobos e de outros animais selvagens atraídos pelos seus gritos.
Assim, as crianças são mandadas cedo à escola, não para que aí aprendam alguma coisa, mas para que aí se acostumem a ficar sentadas tranqüilamente e a obedecer pontualmente àquilo que lhes é mandado, a fim de que no futuro elas não sigam de fato e imediatamente cada um de seus caprichos.Mas o homem é tão naturalmente inclinado à liberdade que, depois que se acostuma a
ela por longo tempo, a ela tudo sacrifica.
Se
no diálogo os envolvidos do processo educativo têm ambos que estarem dispostos
a aprender, uma doutrina que preze por isso, necessariamente, precisa ser
colocada, da mesma forma, disposta a abertura ao diálogo com as demais
metodologias para não cair no fatídico exclusivismo que tanto denuncia haver
nas outras. Se a hermenêutica ressurge
modernamente no contexto da luta contra a pretensão de haver um único caminho
de acesso à verdade (HERMANN, 2002, p. 15), então não podemos fazer dela
esse acesso único que ela mesma condena.