Um 2014 de muitas realizações para todos!!!!
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
O que realmente existe?
Apenas mentes e seus conceitos. Esta foi a grande sacada do idealismo.
Sendo já uma variante da filosofia Platônica, o idealismo nasce fortemente com as formulações de Berkeley ao argumentar que tudo que conhecemos nada mais são do que conceitos aplicados as ideias manipuladas pela alma. Tudo que conhecemos são um emaranhado de qualidades ou nomes que aplicamos às coisas para imputar nelas conhecimento e assim dizermos que as conhecemos quando na verdade aplicamos ao mundo nossos conceitos criados a partir de juízos que fazemos da natureza.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Comentário do Filme Thor 2 O Mundo Sombrio
Muito bom o segundo filme da série Thor!
A Marvel continua imbatível quando o assunto é super heróis.
Detalhe para a forma criativa como foi inserida mais uma vez a ponte com os Vingadores, na cena em que Loke muda de imagem para o Capitão América, muito massa!
Outra coisa que me chamou a atenção foi a cena da "enganação", que já se tornou marca nos filmes Mavel, mais precisamente nos últimos como do Homem de Ferro 3 e agora neste de Thor 2. Entendo que este tipo de seqência tenha sido inspirada, ou pelo menos mais enfatizada, a partir da terceira performance da série Crepúsculo. Qualquer coincidência não é mera semelhança.
Para quem esperou até ao final dos primeiros créditos verificou uma deixa que ainda não entendi quanto às fontes de energia eu acho, que tem relação também com os Vingadores. Vou ver melhor isso e depois posto algo.
Grande Abraço!!
Perspectivas Para o ano Novo
Não quero nada que venha fazer de mim um dependente, ném mesmo a religião. Deus está além da crença, além do rito, além das tradições, além das formas, além dos cultos, além de nós e de toda representação que possamos fazer em direção à sua perfeita santidade. Minha oração é não desejar, não sonhar, não ter espectativa alguma. É silenciar e viver o acontecer como terá inevitavelmente de ser sem mim. pois, a decepção pode bater à porta e o imprevisto desmoronar as possibilidades.
domingo, 15 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
PENSAMENTO DO DIA: O TEMPO E AS CONTRADIÇÕES
Não é preciso muito tempo para perceber que o tempo é apenas mais um conceito sem o menor fundamento, assim como todos os demais que por conveniência pensamos que conhecemos. A língua é ambígua e assim também somos nós envolvidos no mais profundo oceano de nossas contradições.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
EXISTÊNCIA
As perspectivas da construção do ser e a inerência do vigor de sua contemplação constituem o que há de mais complexo em nós, a existência. Davi Gadelha.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
domingo, 30 de junho de 2013
COMENTÁRIO DO FILME HOMEM DE AÇO
Caramba!!! Eu estava com muita espectativa pra ver o novo Super Homem, provável estréia dia 12/07, mas já tava disponível no mega cubo e eu não resisti e fui dar uma olhada. Pura decepção, o pior filme que já assisti nos últimos dias, entre kryptorianos que voam em naves que parecem besouros pretos gigantes, alem de voarem em monstros tipo word of warcraft, péssimo roteiro, história deturpada, ênfase a temática extra terrestre, superman distante da humanidade parecendo viver uma estoria paralela, não recomendo, é perca de tempo, ainda não consegui ver o final de tanta raiva. Acabaram de vez com minhas esperanças de ter uma refilmagem a altura do meu herói favorito, mas infelizmente tudo no filme não tem nada haver, muito sem "lógica", sem emoção, sem sentimento, núcleos de personagens totalmente fora de contexto, terrível. Em fim, sei que havia reservas em contrato com relação a estória original, mas não recomendo aos verdadeiros fãs do verdadeiro herói, o filme é um lixo!!.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
sexta-feira, 31 de maio de 2013
"CASAMENTO" GAY? ONDE?
"CASAMENTO" GAY? ONDE?
Porque será que 11 dias após a aprovação do casamento gay na França é que houve uma primeira união homoafetiva deste tipo? não deveria estar havendo milhares de casamentos em massa? onde estão os pares reivindicadores da lei?
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Pensando o Nada
Alguns dizem que antes da existência havia o nada e que depois também haverá apenas o nada, mas como pode alguma coisa ser algo no meio de dois períodos eternos de uma estado ao qual credita-se ser o nada? É preciso antes de tudo definir o que é o nada.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
GUIADOS PELA RAZÃO
O ser humano precisa urgentemente abandonar o sentimentalismo pelo qual se engana e é enganado, e, deixar-se ser guiado pela razão, mas contudo não deve abandonar a emoção abrigada na nostalgia da esperança que está guardada naqueles momentos vividos que realmente valeram a pena, de modo que a razão possa guiar suas decisões e o sentimentalismo bestial seja sucumbido pela mais pura e sincera emoção da alma que sente em seu íntimo o afago de Deus.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
FILME GLADIADOR
Impossível não se emocionar com esta grande produção!!!uma história de honra, amor e lealdade!!Já vi várias vezes e em cada uma delas pude fazer uma releitura de vários conceitos, tais como os conceitos de liberdade, vingança e justiça!Sem sombra de dúvida um filme histórico!!!
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Conhecimento não é pecado!
É lamentável o discurso pobre da falsa humildade que por preguiça ignora o conhecimento e julga indiferente aqueles que buscam a sabedoria. Pobres almas cujas amarras dos simples e meros dogmas os iludem mergulhando-os na imensidão de suas críticas imundas e bestiais cuja ausência de identificação com o próximo os tornam prepotentes e insolúveis no cargo que abraçam.
Não sei dizer com isso o quanto há de Deus em uma mensagem quando sei exatamente o quanto tem de homem nela.
Que Deus Abençoe os pregadores desta nação e os inquiete a buscar sabedoria, pois buscar conhecimento não é pecado, mas sim ignorá-lo: "o meu povo perece por falta de conhecimento".
Projeto conhecendo George Berkeley
Lendo e Comentando a obra de Berkeley: "Principios do Conhecimento Humano"
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Filosofia
Bom, de certa forma, filosofia é um jeito complicado de se tratar das coisas simples.
Davi Gadelha Pereira.
Davi Gadelha Pereira.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
CRISTIANISMO X HOMOSSEXUALISMO - DEFENDENDO A FAMÍLIA
Sempre fui terminantemente contra o comportamento homossexual. É minha opinião e
quero poder deflagá-la livremente, não quero que nenhuma lei privilegiadora venha
amordaçar e amarrar minha livre opinião cristã, neste sentido o Feliciano representa não
apenas o pensamento protestante, mas também católico e de todo o mundo cristão.
Abraço minha amiga!!!
O Conceito de Família
Eu desconheço outro conceito de família tanto na teoria como na prática que não seja aquele defendido pelo cristianismo em geral e pela natureza, o que passa disso é no mínimo absurdo, pois o suposto sentimento de "paternidade" ou de "maternidade" gay não define conceito algum, mas sim, os laços biológicos, e, neste caso, jamais uma dupla homossexual poderá gerar um ser humano, nem de forma natural e nem artificial.
Clones Guitar
Poxa!! não aguento mais ouvir a galera nesses concursos de guitarra...parece que todos assistiram a mesma vídeo aula, parece o mesmo som, não há uma melodia que fique na minha mente, apenas conjuntos de rifs plagiados e fragmentos de escalas, mó pedaceira de pensamento melódico aliado a uma técnica da coletividade, mesmos amps, mesmas marcas, mesmos sons...acho que deveríamos perder um pouco a qualidade e tentar criar algo mais, melodias que signifique algo!!!Apenas uma opinião de um velho enferrujado!!!hehehehee.
sábado, 23 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
Casar ou ficar Sozinho?
Casar ou ficar Sozinho?
Alguém esses dias postou no face a seguinte asneira: "ALIANÇA NO DEDO, CASAR, TER FILHOS, ALGUÉM AINDA CURTE?"
em breves comentários respondi sem compromisso...
Ficar sozinho, se relacionar com estranhos sem afeto verdadeiro, sem cumplicidade, sem amor, lutar e conquistar só para si, viver um egoismo constante...alguem ainda curte?
alguem retruncou:
não por que depois vem as decepções da vida melhor curtir a vida de solteira se divertir
respondi...
se há decepção a falha é de quem escolheu errado, não é possivel que em um mundo de mais de 7 bilhões de pessoas não exista 1 que faça o outro feliz, mas é improvável que todos satisfaçam um.
quarta-feira, 20 de março de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
Nobre Vencedor - Uma música para meu filho
Neste vídeo parabenizo meu filho Arthur Nícolas por quase dois meses de vida completados. É também uma expressão de louvor a Deus por ter nos abençoado com esta rica herança. Peço desculpas aos músicos profissionais pelos chiados e desafinadas, mas eu quis que fosse o mais simples e comum possível, algo que ficasse bem natural. Que Deus continue abençoando minha família, amém!!!
sábado, 16 de março de 2013
O Pó e o Nada
Pequeno trecho de meu artigo acerca de eclesiastes 3:20 que diz: "Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó."
trecho do texto:
O Nada-algo, é o pó que não é ainda o humano completo e em relação a este ser completado é considerado como sendo ainda nada, mas é também algo, pois é pó, uma vez que também o nada não pode ser pensado e nem objetivado, ou seja, mesmo que não fosse pó, seria algo, e que algo é sempre aquilo que pode ser cognoscível ou entendido, assim, não podendo haver um nada em si, só pode haver um nada-algo, de modo que o nada é sempre algo por ser cognoscível no sentido comum e usual de ser considerado como ausência de tudo, assim, o nada se compreende por aquilo que em primeiro é tudo ou é algo, para que por intermédio do termo “ausência” o “nada” seja. Davi Gadelha Pereira
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Razão e Opinião
Ninguém pode negar o respeito àquele que, cujas ações, são guiadas pelo imperativo da santa lei da razão, pois a razão, que é imagem essencial do logos divino no homem, impõe sobre todos, algo que não se pode negar: aquilo que é correto fazer em detrimento daquilo que não é correto fazer. Porém é a máxima do indivíduo que é sempre conduzida pelo infortúnio dos impulsos sensíveis que definirá a essência da real intensão da ação
A Fé e seu Fundamento Empírico
Para Meditar
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Comentários sobre a série Sobrenatural
Em breve estarei também comentando, à luz da teologia, alguns capítulos que considero interessante da série sobrenatural, a qual faz referência em sua estória, a um suposto cataclisma apocalíptico que trará um confronto entre os anjos da luz e os das travas. Não percam!!!!
O Pensamento a Linguagem e a Mente
Até o presente momento estou certo de que o pensamento e a linguagem são de fato a mesma coisa. Porém, o manipulaor ou gerador deste pensamento ou desta linguagem (aqui há a necessidade da criação de um termo que signifique as duas ideias, tanto de pensamento como tambem da linguagem) só pode ser uma outra coisa, um outro algo, algo que não temos acesso, que não podemos predicar, mas que tão somente podemos dar-lhe um nome, o nome de mente, alma ou mesmo espírito.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Livro direto no blog com explicação em vídeos
Olá pessoal!! em breve estarei iniciando meu livro pelo blog, mas não será só isso. Além de vc acompanhar página por página o livro, estarei também explicando o meu pensamento em vídeo, pois muitas vezes lemos determinado autor mas não conseguimos captar exatamente o que determinado autor quer nos passar. Por isso você irá ler e também poder ter a explicação daquilo que eu quis dizer exatamente. Daí, você poderá opinar e discutir os assuntos e capítulos. Divulguem e Aguardem!!!!
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Livro direto no Blog
Olá amigo internalta que visita este blog. Estou com um projeto para escrever meu livro direto no blog, mas para isso gostaria de contar com no mínimo 5.000 leitores. Se vc será leitor acíduo do livro postado no blog queira confirmar respondendo nesta postagem ou se cadastrando no blog. Grande abraço.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Semelhanças entre Kant e Tomás de Aquino - Questões sobre a lei e a razão
Segundo Kant, a razão é em sim mesma uma legisladora que impõe no homem a "religiosidade" (termo introduzido por mim, pois Kant considera a lei santa) da norma. Quando a decisão está de acordo com a normativa da lei que sempre é boa, perfeita e santa, - pois aqui implica a própria lei racional divina herdada pelo homem (Tomás de Aquino) - tal decisão pode ser considerada livre. Mas, uma vez que todas as decisões humanas são tomadas na cegueira dos impulsos sensoriais, ou seja, por influência das inclinações carnais, tais decisões jamais podem ser consideradas livres.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
28/01/2010
RECORDE DE CHUVA
Bom, fazem 3 dias que acompanho o Jornal Hoje da Rede Globo de televisão
e todos os dias, assim como todas as outras emissoras, estão comentando
acerca das chuvas em São Paulo. Quando entra na parte da previsão do
tempo a grande manchete é se as chuvas irão ou não bater o recorde do
mês de janeiro de todos os tempos na cidade. A ênfase a esse assunto sem
graça, tendo em vista que as chuvas tem deixado milhares de
desabrigados além de mortos, é por demais inoportuna, mas estão loucos
para dar a notícia do recorde de chuvas, mais um triste recorde que não
faz falta nenhuma, principalmente para as famílias que por causa das
enchentes não tem o que comemorar. SÓ PENSANDO...
05/02/2010
FÉ E CONHECIMENTO
Geralmente tenho me sentido envergonhado e frustrado por pertencer a um
grupo de pessoas que se denominam cristãs, e que em nome de sua fé tem
aprisionado vidas conduzido multidões ao erro. Muitos que se dizem
cristãos ou evangélicos, principalmente nos meios pentencostais e
neopentencostais, e até mesmo em igrejas ditas reformadas anulam o
conhecimento em nome da fé, mas será que fé não implica em conhecer?
será que antes não nos vem o conhecimento desta fé para que a possamos
segui-la? evidente que sim. Quando entendemos Deus como sendo o Autor de
todas as coisas, o Governante supremo de tudo o que existe e que não
existe, quando vemos Deus como ele realmente é em absoluto, então
podemos entender que este Deus dotou o homem com uma capacidade especial
que possibilite acreditar Nele. As funções da razão humana ou os meios
do entendimento, foram por Deus planejados de tal forma que
possibilitasse a sua compreensão e que tornasse canal de ligação com
Ele. A nossa "alma" ou "esírito" ou "mente", é uma estrutura voltada
para o conhecer, sendo assim não podemos simplismente evitar o
maravilhoso processo de conhecer a Deus. Não ignoremos o aprendizado,
pois tudo o que há e tudo o que foi e tudo aquilo que será é para a
glória de Deus e Ele tem utilizado tudo para revelar-se ao nosso
entendimento.
CONHECENDO GEORGE BERKELEY - PARTE 1
IDEALISMO SUBJETIVO E IMATERIALISMO
A máxima de Berkeley é: "ser é ser percebido" (esse est percipi ou to be is to be perceived). Para Berkeley a existência está diretamente ligada a percepção ou ao que dela podemos perceber.
Berkeley é o elemento simplificador em toda a história da teoria do conhecimento, por possibilitar uma rápida assimilação de seu pensamento, além de seus conceitos serem mais coerentes com os elementos dados. Sua simplicidade faz das muitas letras filosóficas que surgiram antes e depois dele parecerem areias soltas ao vento, pois nele encontramos o resumo daquilo que se pode melhor entender acerca do entendimento humano.
Para ele, existe apenas a mente e as idéias. Todas as coisas que compõem o mundo, a natureza, só têm “substância” em nosso espírito. Objeto sensível para ele não é um elemento causador exterior absolutamente existente (ainda que não negue a existência das coisas), mas serão as próprias idéias por ele produzidas. Tais idéias são impostas sobre uma suposta existência exterior. Nossas idéias são o efeito de causas exteriores as quais são desconhecidas para nós, porém o efeito de nossas idéias nada impede que delas façamos juízos verdadeiros. Não há nada que nos garanta como as coisas realmente são em sua essência, uma vez provocadas em nossas sensações, a nossa mente constrói as idéias por relação, mas, não temos acesso as coisas, ao objeto em si. Toda e qualquer formulação das idéias partirá da relação objeto – sensações – mente.
11 Os objetos dos sentidos, sendo coisas imediatamente percebidas, são alternativamente chamados idéias. A causa dessas idéias, ou o poder que as produz, não é o objeto dos sentidos, dado que não é ela própria percebida, mas apenas inferida pela razão a partir de seus efeitos, a saber, os objetos ou idéias percebidos pelos sentidos. De nossas idéias dos sentidos é correto inferir um Poder, Causa ou Agente; mas não podemos daí inferir que nossas idéias sejam semelhantes a esse Poder, Causa ou Ser ativo. Ao contrário, parece evidente que uma idéia só pode ser semelhante a outra idéia, e que em nossas idéias ou objetos imediatos dos sentidos não se inclui nada referente a poder, causalidade ou agência. (A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA)
13 Idéias que observamos estarem conjugadas são vulgarmente consideradas sob a relação de causa e efeito, embora a estrita verdade filosófica seja que elas se relacionam apenas como o signo à coisa significada. Pois conhecemos nossas idéias e sabemos, portanto, que uma idéia não pode ser causa de outra. Sabemos que nossas idéias dos sentidos não são a causa de si próprias. Sabemos também que nós não as causamos. Conseqüentemente, sabemos que elas devem ter alguma outra causa eficiente, distinta delas próprias e de nós.(Berkeley. A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA).
A máxima de Berkeley é: "ser é ser percebido" (esse est percipi ou to be is to be perceived). Para Berkeley a existência está diretamente ligada a percepção ou ao que dela podemos perceber.
Berkeley é o elemento simplificador em toda a história da teoria do conhecimento, por possibilitar uma rápida assimilação de seu pensamento, além de seus conceitos serem mais coerentes com os elementos dados. Sua simplicidade faz das muitas letras filosóficas que surgiram antes e depois dele parecerem areias soltas ao vento, pois nele encontramos o resumo daquilo que se pode melhor entender acerca do entendimento humano.
Para ele, existe apenas a mente e as idéias. Todas as coisas que compõem o mundo, a natureza, só têm “substância” em nosso espírito. Objeto sensível para ele não é um elemento causador exterior absolutamente existente (ainda que não negue a existência das coisas), mas serão as próprias idéias por ele produzidas. Tais idéias são impostas sobre uma suposta existência exterior. Nossas idéias são o efeito de causas exteriores as quais são desconhecidas para nós, porém o efeito de nossas idéias nada impede que delas façamos juízos verdadeiros. Não há nada que nos garanta como as coisas realmente são em sua essência, uma vez provocadas em nossas sensações, a nossa mente constrói as idéias por relação, mas, não temos acesso as coisas, ao objeto em si. Toda e qualquer formulação das idéias partirá da relação objeto – sensações – mente.
11 Os objetos dos sentidos, sendo coisas imediatamente percebidas, são alternativamente chamados idéias. A causa dessas idéias, ou o poder que as produz, não é o objeto dos sentidos, dado que não é ela própria percebida, mas apenas inferida pela razão a partir de seus efeitos, a saber, os objetos ou idéias percebidos pelos sentidos. De nossas idéias dos sentidos é correto inferir um Poder, Causa ou Agente; mas não podemos daí inferir que nossas idéias sejam semelhantes a esse Poder, Causa ou Ser ativo. Ao contrário, parece evidente que uma idéia só pode ser semelhante a outra idéia, e que em nossas idéias ou objetos imediatos dos sentidos não se inclui nada referente a poder, causalidade ou agência. (A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA)
13 Idéias que observamos estarem conjugadas são vulgarmente consideradas sob a relação de causa e efeito, embora a estrita verdade filosófica seja que elas se relacionam apenas como o signo à coisa significada. Pois conhecemos nossas idéias e sabemos, portanto, que uma idéia não pode ser causa de outra. Sabemos que nossas idéias dos sentidos não são a causa de si próprias. Sabemos também que nós não as causamos. Conseqüentemente, sabemos que elas devem ter alguma outra causa eficiente, distinta delas próprias e de nós.(Berkeley. A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA).
03/06/2011
CONHECENDO GEORGE BERKELEY - PARTE 2
SUBSTÂNCIA
Para Berkeley a substância ou matéria, assim como é confusamente apresentada na filosofia de maneira geral, é inteligível, inconcebível, e, é a própria inpercepção dessa substância que a torna inexistente, pois daquilo que não consigo perceber (que significa ter a idéia mesma de algo), não posso formar nenhuma idéia. Quanto à imprecisão da definição de substância material na filosofia ele diz:
17. Se pesquisarmos o que os filósofos mais precisos declaram que entendem por substância (substratum) material, descobriremos que, segundo eles mesmos reconhecem, não tem mais significado para essas palavras que a idéia de ser em geral, com a noção relativa de estar dando suporte aos acidentes. A idéia geral de ser, parece-me a mais abstrata e incompreensível de todas; e quanto ao dar suporte aos acidentes, isto é algo que, como acabo de observar, não se pode entender no sentido usual dessas palavras. Deve-se, pois, tomar em algum outro sentido; mas não explicam qual deveria ser este. De maneira que, quando considero as duas partes ou ramos que compõe o significado das palavras substância material, convenço-me de que não há um significado claro e diferente agregado a elas. (Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano)
É fundamental para Berkeley demonstrar a falibilidade da crença tradicional filosófica na substância e na abstração dos universais, pois, é na investigação primeira destas noções errôneas que são lançadas as bases para o seu imaterialismo. Vejamos:
9. Há quem faça uma distinção entre qualidades primárias e secundárias. Pelo primeiro eles significam extensão, figura, movimento, repouso, solidez ou impenetrabilidade, e número, por este último que denotam todas as outras qualidades sensíveis, como cores, sons, sabores, e assim por diante. As idéias que temos destas não reconhecem ser as semelhanças de qualquer coisa existente fora da mente, ou despercebido, mas eles vão ter nossas idéias das qualidades primárias a padrões ou imagens de coisas que existem sem a mente, numa substância irrefletida que chamamos matéria. Pela matéria, portanto, estamos a compreender um material inerte, substância sem sentido, em que extensão, forma e movimento realmente subsiste. Mas é evidente a partir do que já temos demonstrado, que a extensão, figura e movimento são apenas idéias existentes na mente, e que uma idéia pode ser nada, mas como uma outra idéia, e que, consequentemente, nem eles nem seus arquétipos pode existir em uma impercepcionante substância. Por isso, é claro que a própria noção do que é chamado matéria ou substância corpórea, envolve uma contradição nisso. (Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano).
O lugar no qual todas as qualidades estão é a mente, as idéias não existem sem a mente, fora da mente nada poderá ser diferente de como é para nós “pois ter uma idéia é o mesmo que perceber”, assim, a percepção é a própria formulação da idéia, sua atividade ou ação na mente. Berkeley contesta a existência de qualquer substância não pensante como se apresentou até então, ou seja, para alguns as qualidades ou acidentes subsistiriam em alguma coisa inerte e sem sentido, algo que não se pode saber o que é pelos sentidos, é algo ao qual não temos acesso algum.
PRÓXIMOS TÓPICOS:
3. A MENTE
4. É POSSÍVEL APRIORISMO(Proposto na CRP por Kant) EM BERKELEY?
4.1. ESPAÇO E 4.2. TEMPO
Para Berkeley a substância ou matéria, assim como é confusamente apresentada na filosofia de maneira geral, é inteligível, inconcebível, e, é a própria inpercepção dessa substância que a torna inexistente, pois daquilo que não consigo perceber (que significa ter a idéia mesma de algo), não posso formar nenhuma idéia. Quanto à imprecisão da definição de substância material na filosofia ele diz:
17. Se pesquisarmos o que os filósofos mais precisos declaram que entendem por substância (substratum) material, descobriremos que, segundo eles mesmos reconhecem, não tem mais significado para essas palavras que a idéia de ser em geral, com a noção relativa de estar dando suporte aos acidentes. A idéia geral de ser, parece-me a mais abstrata e incompreensível de todas; e quanto ao dar suporte aos acidentes, isto é algo que, como acabo de observar, não se pode entender no sentido usual dessas palavras. Deve-se, pois, tomar em algum outro sentido; mas não explicam qual deveria ser este. De maneira que, quando considero as duas partes ou ramos que compõe o significado das palavras substância material, convenço-me de que não há um significado claro e diferente agregado a elas. (Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano)
É fundamental para Berkeley demonstrar a falibilidade da crença tradicional filosófica na substância e na abstração dos universais, pois, é na investigação primeira destas noções errôneas que são lançadas as bases para o seu imaterialismo. Vejamos:
9. Há quem faça uma distinção entre qualidades primárias e secundárias. Pelo primeiro eles significam extensão, figura, movimento, repouso, solidez ou impenetrabilidade, e número, por este último que denotam todas as outras qualidades sensíveis, como cores, sons, sabores, e assim por diante. As idéias que temos destas não reconhecem ser as semelhanças de qualquer coisa existente fora da mente, ou despercebido, mas eles vão ter nossas idéias das qualidades primárias a padrões ou imagens de coisas que existem sem a mente, numa substância irrefletida que chamamos matéria. Pela matéria, portanto, estamos a compreender um material inerte, substância sem sentido, em que extensão, forma e movimento realmente subsiste. Mas é evidente a partir do que já temos demonstrado, que a extensão, figura e movimento são apenas idéias existentes na mente, e que uma idéia pode ser nada, mas como uma outra idéia, e que, consequentemente, nem eles nem seus arquétipos pode existir em uma impercepcionante substância. Por isso, é claro que a própria noção do que é chamado matéria ou substância corpórea, envolve uma contradição nisso. (Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano).
O lugar no qual todas as qualidades estão é a mente, as idéias não existem sem a mente, fora da mente nada poderá ser diferente de como é para nós “pois ter uma idéia é o mesmo que perceber”, assim, a percepção é a própria formulação da idéia, sua atividade ou ação na mente. Berkeley contesta a existência de qualquer substância não pensante como se apresentou até então, ou seja, para alguns as qualidades ou acidentes subsistiriam em alguma coisa inerte e sem sentido, algo que não se pode saber o que é pelos sentidos, é algo ao qual não temos acesso algum.
PRÓXIMOS TÓPICOS:
3. A MENTE
4. É POSSÍVEL APRIORISMO(Proposto na CRP por Kant) EM BERKELEY?
4.1. ESPAÇO E 4.2. TEMPO
Acerca do Ideal e do Real na Filosofia de Berkeley e Schopenhauer - Qual a Necessidade de uma Vontade?
Parte - I
Nas suas considerações em “esboço de uma história da doutrina do ideal e do real” Schopenhauer desenvolve um considerável histórico em forma de um resumo do pensamento moderno a partir de Descartes até Kant - dando a partir daí um salto para si mesmo por não considerar Fichte, Schelling e Hegel filósofos - analisando, segundo sua própria ótica, alguns dos principais autores modernos buscando o ponto problemático comum a todos para que viesse a partir deste ponto comum tentar buscar uma solução. Após uma breve análise em cada autor e de desenvolver algumas criticas, Schopenhauer irá notar que o problema central que emana das discussões filosóficas é no que diz respeito às relações entre sujeito e objeto.
Chega, então, a conclusão de que se faz necessário haver uma união coerente e necessária de sujeito-objeto sem a intervenção de uma divindade (“vontade e onipotência de Deus são a causa direta de todo fenômeno no mundo da percepção intuitiva”), bem como também os panteístas e os céticos até então não conseguiram obter o sucesso satisfatório em suas investigações. Schopenhauer admitirá o idealismo do ponto de vista fenomênico, ou seja, o mundo enquanto nossa representação, mas divergirá quanto à coisa-em-si, pois Berkeley não admitia existência alguma realmente em si mesma, isto é, fora do idealizado, já Kant admitia a existência de uma coisa-em-si que está fora do idealizado, mas que a tal coisa-em-si nós também não temos acesso algum, daí Schopenhauer irá dizer que esta coisa-em-si é a vontade que foi desprezada, ou não notada, ou simplesmente admitida como uma das representações pelos seus antecessores.
Somente vontade e representação são fundamentalmente diferentes na medida em que constituem o contraste básico de todas as coisas no mundo sem deixar nada para trás. A coisa representada e a representação desta são o mesmo; mas apenas a coisa representada, não a coisa-em-si. A última é sempre vontade, qualquer seja a forma na qual aparece na representação. (Schopenhauer, Fragmentos sobre a história da Filosofia)
Aqui ele irá fazer diferença entra coisa representada e coisa-em-si, ou, pode-se considerar que ele introduz dentro da investigação filosófica uma nova coisa-em-si que será em sua filosofia a chamada vontade.
A fonte do problema para Schopenhauer é basicamente a falta de conexão entre o ideal e o real, pois ninguém até o momento teria encontrado uma solução sem recorrer a soluções teístas, e é esse afastamento dogmático teísta judaico que o faz admirar Kant e considerar-se seu sucessor.
Para Schopenhauer muito na filosofia de Berkeley é de “compreensão verdadeira e profunda” chegando a considerá-lo o pai do idealismo, porém para ele Berkeley também “não sabia como encontrar o real”, mas veremos que na filosofia de Berkeley o real não é objetivo a ser alcançado e sim a ser negado, pois o real em Berkeley estará o representativo, ele não procura unir ou relacionar ideal e real, mas provar a impossibilidade do material em si por não podermos avançar além das nossas ideias, considerando como existência real os seres que conhecem e desejam. Schopenhauer está convencido acerca dessa representação fenomenológica ou ideal de mundo, mas simplesmente não aceita – por opinião – a separação dualística entre subjetividade e objetividade. (Davi Gadelha -3º ano)
Nas suas considerações em “esboço de uma história da doutrina do ideal e do real” Schopenhauer desenvolve um considerável histórico em forma de um resumo do pensamento moderno a partir de Descartes até Kant - dando a partir daí um salto para si mesmo por não considerar Fichte, Schelling e Hegel filósofos - analisando, segundo sua própria ótica, alguns dos principais autores modernos buscando o ponto problemático comum a todos para que viesse a partir deste ponto comum tentar buscar uma solução. Após uma breve análise em cada autor e de desenvolver algumas criticas, Schopenhauer irá notar que o problema central que emana das discussões filosóficas é no que diz respeito às relações entre sujeito e objeto.
Chega, então, a conclusão de que se faz necessário haver uma união coerente e necessária de sujeito-objeto sem a intervenção de uma divindade (“vontade e onipotência de Deus são a causa direta de todo fenômeno no mundo da percepção intuitiva”), bem como também os panteístas e os céticos até então não conseguiram obter o sucesso satisfatório em suas investigações. Schopenhauer admitirá o idealismo do ponto de vista fenomênico, ou seja, o mundo enquanto nossa representação, mas divergirá quanto à coisa-em-si, pois Berkeley não admitia existência alguma realmente em si mesma, isto é, fora do idealizado, já Kant admitia a existência de uma coisa-em-si que está fora do idealizado, mas que a tal coisa-em-si nós também não temos acesso algum, daí Schopenhauer irá dizer que esta coisa-em-si é a vontade que foi desprezada, ou não notada, ou simplesmente admitida como uma das representações pelos seus antecessores.
Somente vontade e representação são fundamentalmente diferentes na medida em que constituem o contraste básico de todas as coisas no mundo sem deixar nada para trás. A coisa representada e a representação desta são o mesmo; mas apenas a coisa representada, não a coisa-em-si. A última é sempre vontade, qualquer seja a forma na qual aparece na representação. (Schopenhauer, Fragmentos sobre a história da Filosofia)
Aqui ele irá fazer diferença entra coisa representada e coisa-em-si, ou, pode-se considerar que ele introduz dentro da investigação filosófica uma nova coisa-em-si que será em sua filosofia a chamada vontade.
A fonte do problema para Schopenhauer é basicamente a falta de conexão entre o ideal e o real, pois ninguém até o momento teria encontrado uma solução sem recorrer a soluções teístas, e é esse afastamento dogmático teísta judaico que o faz admirar Kant e considerar-se seu sucessor.
Para Schopenhauer muito na filosofia de Berkeley é de “compreensão verdadeira e profunda” chegando a considerá-lo o pai do idealismo, porém para ele Berkeley também “não sabia como encontrar o real”, mas veremos que na filosofia de Berkeley o real não é objetivo a ser alcançado e sim a ser negado, pois o real em Berkeley estará o representativo, ele não procura unir ou relacionar ideal e real, mas provar a impossibilidade do material em si por não podermos avançar além das nossas ideias, considerando como existência real os seres que conhecem e desejam. Schopenhauer está convencido acerca dessa representação fenomenológica ou ideal de mundo, mas simplesmente não aceita – por opinião – a separação dualística entre subjetividade e objetividade. (Davi Gadelha -3º ano)
Acerca do Ideal e do Real na Filosofia de Berkeley e Schopenhauer - Qual a Necessidade de uma Vontade?
Como já foi mencionado anteriormente, Schopenhauer procura desenvolver a sua filosofia tentando unir sujeito-objeto/objeto-sujeito, buscando desconsiderar que exista hierarquia de influencia quanto a estas duas entidades. Tenta então fundir o ideal e o real em uma confusa teoria do conhecimento que assimila elementos kantianos e empiristas além de criar outras possibilidades que são pouco convincentes.
OBJEÇÕES A DOUTRINA DE SCHOPENHAUER SEGUNDO AS PROPOSTAS DE BERKELEY
Quanto ao real e o ser-em-si
Berkeley descarta o real da maneira como se entende na filosofia, como sendo a matéria exterior as representações do próprio sujeito, esta realidade para ele não existe;
Há certo equívoco em pensar que o real seja a coisa-em-si, tal equívoco estava atormentando a tradição filosófica até Berkeley, daí Hume tenta restabelecer o ceticismo, mas é em Kant que se tenta uma maneira de unir ambas as escolas, mas sem sucesso. Schopenhauer adota o mesmo caminho trilhado por Kant;
A coisa representada é para os seus antecessores a possível coisa-em-si, já Schopenhauer cria a vontade para não confundir coisa representada com coisa-em-si;
Não há uma necessidade de haver uma relação ou conexão categórica entre ideal e real a não ser por vaidade filosófica expressa em opiniões de não aceitação;
Berkeley definitivamente aboliu o materialismo provando a impossibilidade de uma coisa-em-si que subsista além de representações ideais pondo fim a este equívoco filosófico, assim uma vez provando-se categoricamente um idealismo sustentável – inclusive com bases empíricas –, já não há mais espaço para tentativas vãs de ressuscitar tal discussão, ainda mais com propostas infundadas;
Quanto à vontade
Para haver vontade naquilo que se entende por este termo na filosofia – E Schopenhauer não se afasta disso, pois sua vontade é uma vontade de querer –, se faz necessário o pressuposto de uma consciência, como pode algo quer e influenciar a consciência do humano sem que esse algo tenha em si mesmo consciência?;
A única vontade que podemos conhecer é a do sujeito que pensa que é ativo;
A vontade Schopenhauer seria em Berkeley inalcançável sem uma mente consciente;
A vontade fundamenta-se em uma consciência e objetiva algo, não pode ser desconhecida e arbitrária, assim como se apresenta na filosofia de Schopenhauer;
A vontade depende da representação para acontecer, ou seja, está subordinada a representação do sujeito que a representa;
A vontade como a conhecemos só se manifesta enquanto representação da ação causada na consciência; se a vontade em Berkeley pertence apenas às mentes que conhecem e percebem, o ser-em-si só pode ser estas mentes (humana e divina) não podendo haver uma vontade arbitrária cosmológica; (Davi Gadelha – 3º ano)
09/09/2011
O Filosofar e a Verdade
Neste curso observa-se que alunos meio “maluquinhos” tornam-se de certa
forma mais “serenos” e outros mais “serenos” tornam-se mais
“maluquinhos”, e surge então a pergunta: que “poder” é esse que a
filosofia exerce sobre os colegas acadêmicos?
Debates eloquentes e dificuldades teóricas com seus labirintos sutis provocam as mais diversas reações ainda que muitos nada consigam entender, e é com estes últimos que o autor do presente texto identifica-se. O senso comum tende a criticar a filosofia e tal senso encontramos culturalmente evidente até mesmo na academia, mas no fundo se rende a maestria dos verdadeiros filósofos. O filosofar terá sempre esta duplicidade funcional entre a filosofia e o filósofo, e aqui, não cabem os simplistas nem o senso comum. E neste campo filosófico os homens/mulheres filósofos (as) nada mais são do que instrumentos do saber, os quais têm suas mentes entregues ao inteiro serviço filosófico e que neste tem eles o seu maior prazer. Não importa quem foram (são), como viveram (vem), ricos ou pobres, escravos ou livres, a filosofia os escolhe para deles emanar saber, um saber este que vai abrindo caminho para o encontro com a verdade. No filosofar são inquietados nossos prazeres, nossos medos, nossa vida em todos os seus aspectos, em nosso mundo os fantasmas tornam-se reais e a realidade ilusão, e isso, é simplesmente fantástico.
Mas, é entre a soberba docente e os livros dos gênios que estamos nós situado, meros discentes mortais, limitados pelo rigorismo da didática acadêmica que nos impedem de irmos além das pautas. O convite da filosofia não é para os acadêmicos do curso, mas para os estudantes de filosofia, os reais aspirantes a filósofos.
A filosofia é como uma linha na qual convergem diversos temas emergidos da curiosidade da mente linguística humana. Para que haja o processo do filosofar é preciso entender esta linha e seus temas que foram ao longo da história do conhecimento abordados através de inúmeros sistemas. Assim, o primeiro passo é o aprendizado a rigor destes sistemas aproximando-se ao máximo de suas interpretações genuínas quanto possível para que então em um segundo momento possamos com eles dialogar. Tal diálogo com estes sistemas proporcionará inevitavelmente um fator a mais, qual seja a nossa própria maneira de filosofar que é a capacidade própria de recriar, de reinventar. Então, o presente texto entende que a verdade já foi encontrada e a filosofia é uma das vias verdadeiras para explicá-la, ou simplesmente torná-la cada vez mais consciente em nós.
É preciso entender que a verdade metafísica não pode ser confundida com o dizer ou não dizer uma verdade num sentido meramente teorizado de termos contrários (verdade-mentira). Neste caso, entendamos que o “não é” não pode ser de maneira nenhuma o que “é” apenas por “não é” representar o contrário daquilo que “é” e assim, consequentemente, necessário a esta compreensão do que “é”. O “não ser” pode ser uma outra coisa, e, é, mas não pode ser o que “é”, porém tanto o “não é” como também o que “é” são formas explicativas da verdade, da perfeição, da plenitude. O “não é” torna-se também algo que é no momento em que é teoricamente diferente, ou seja, não podendo existir o que “não é” em si (ou um não ser) pelo simples fato do conceito maior de espaço absoluto (totalidade de todas as coisas no existir-princípio espacial absoluto) impedir tal concepção da existência do “não é” enquanto existência em si (impossibilidade do nada) nada impede esta teorização do “não é”. Por isso, “nada” e “não é” são algo sim, são pelo menos um/em conceito antagônico daquilo que “é” e necessários a nossa espectadora compreensão. Assim, dizer que existe uma verdade absoluta não quer dizer que não possam haver várias maneiras de explicá-la, daí os sistemas filosóficos, que impulsionados pela vaidade sempre em conflito na mente do filósofo e que os inquietam a produzir , não são estruturados para uma busca da verdade, mas de sua explicação. A verdade está aí e manifesta-se na realidade antagônica do que “é” em si e do que “não é” enquanto teórico-contrário daquilo que “é”, sendo que já nos foi apresentada tal verdade, apenas caminhamos rumo ao seu desvendar.
Filosofar é (no sentido grego de “estar sendo” – presente do indicativo ativo) então, fazer esta leitura diferentemente peculiar de mundo, já que um dia nos foi removido o véu da sensibilidade bestial. Inquieta-se ainda em perguntar: há um motivo prático maior que justifique o filosofar? Com certeza sim. Este motivo é o de estarmos aqui a convite da verdade para este bate-papo. O diálogo do filósofo neste seu esforço explicativo não é um diálogo com a humanidade, mas com o próprio saber que se explica e as mentes que são pela verdade chamadas a esta tarefa. A verdade nos ensinou a explicá-la pelo pensar e pelo registrar desse pensamento. A Filosofia é uma conversa que pode não ter fim assim como não tem fim a verdade que a impulsionou. Davi Gadelha - 3º ano Filosofia UEPB – 18/08/11
Debates eloquentes e dificuldades teóricas com seus labirintos sutis provocam as mais diversas reações ainda que muitos nada consigam entender, e é com estes últimos que o autor do presente texto identifica-se. O senso comum tende a criticar a filosofia e tal senso encontramos culturalmente evidente até mesmo na academia, mas no fundo se rende a maestria dos verdadeiros filósofos. O filosofar terá sempre esta duplicidade funcional entre a filosofia e o filósofo, e aqui, não cabem os simplistas nem o senso comum. E neste campo filosófico os homens/mulheres filósofos (as) nada mais são do que instrumentos do saber, os quais têm suas mentes entregues ao inteiro serviço filosófico e que neste tem eles o seu maior prazer. Não importa quem foram (são), como viveram (vem), ricos ou pobres, escravos ou livres, a filosofia os escolhe para deles emanar saber, um saber este que vai abrindo caminho para o encontro com a verdade. No filosofar são inquietados nossos prazeres, nossos medos, nossa vida em todos os seus aspectos, em nosso mundo os fantasmas tornam-se reais e a realidade ilusão, e isso, é simplesmente fantástico.
Mas, é entre a soberba docente e os livros dos gênios que estamos nós situado, meros discentes mortais, limitados pelo rigorismo da didática acadêmica que nos impedem de irmos além das pautas. O convite da filosofia não é para os acadêmicos do curso, mas para os estudantes de filosofia, os reais aspirantes a filósofos.
A filosofia é como uma linha na qual convergem diversos temas emergidos da curiosidade da mente linguística humana. Para que haja o processo do filosofar é preciso entender esta linha e seus temas que foram ao longo da história do conhecimento abordados através de inúmeros sistemas. Assim, o primeiro passo é o aprendizado a rigor destes sistemas aproximando-se ao máximo de suas interpretações genuínas quanto possível para que então em um segundo momento possamos com eles dialogar. Tal diálogo com estes sistemas proporcionará inevitavelmente um fator a mais, qual seja a nossa própria maneira de filosofar que é a capacidade própria de recriar, de reinventar. Então, o presente texto entende que a verdade já foi encontrada e a filosofia é uma das vias verdadeiras para explicá-la, ou simplesmente torná-la cada vez mais consciente em nós.
É preciso entender que a verdade metafísica não pode ser confundida com o dizer ou não dizer uma verdade num sentido meramente teorizado de termos contrários (verdade-mentira). Neste caso, entendamos que o “não é” não pode ser de maneira nenhuma o que “é” apenas por “não é” representar o contrário daquilo que “é” e assim, consequentemente, necessário a esta compreensão do que “é”. O “não ser” pode ser uma outra coisa, e, é, mas não pode ser o que “é”, porém tanto o “não é” como também o que “é” são formas explicativas da verdade, da perfeição, da plenitude. O “não é” torna-se também algo que é no momento em que é teoricamente diferente, ou seja, não podendo existir o que “não é” em si (ou um não ser) pelo simples fato do conceito maior de espaço absoluto (totalidade de todas as coisas no existir-princípio espacial absoluto) impedir tal concepção da existência do “não é” enquanto existência em si (impossibilidade do nada) nada impede esta teorização do “não é”. Por isso, “nada” e “não é” são algo sim, são pelo menos um/em conceito antagônico daquilo que “é” e necessários a nossa espectadora compreensão. Assim, dizer que existe uma verdade absoluta não quer dizer que não possam haver várias maneiras de explicá-la, daí os sistemas filosóficos, que impulsionados pela vaidade sempre em conflito na mente do filósofo e que os inquietam a produzir , não são estruturados para uma busca da verdade, mas de sua explicação. A verdade está aí e manifesta-se na realidade antagônica do que “é” em si e do que “não é” enquanto teórico-contrário daquilo que “é”, sendo que já nos foi apresentada tal verdade, apenas caminhamos rumo ao seu desvendar.
Filosofar é (no sentido grego de “estar sendo” – presente do indicativo ativo) então, fazer esta leitura diferentemente peculiar de mundo, já que um dia nos foi removido o véu da sensibilidade bestial. Inquieta-se ainda em perguntar: há um motivo prático maior que justifique o filosofar? Com certeza sim. Este motivo é o de estarmos aqui a convite da verdade para este bate-papo. O diálogo do filósofo neste seu esforço explicativo não é um diálogo com a humanidade, mas com o próprio saber que se explica e as mentes que são pela verdade chamadas a esta tarefa. A verdade nos ensinou a explicá-la pelo pensar e pelo registrar desse pensamento. A Filosofia é uma conversa que pode não ter fim assim como não tem fim a verdade que a impulsionou. Davi Gadelha - 3º ano Filosofia UEPB – 18/08/11
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