CONHECENDO GEORGE BERKELEY - PARTE 1
IDEALISMO SUBJETIVO E IMATERIALISMO
A máxima de Berkeley é: "ser é ser percebido" (esse est percipi ou to be is to be perceived). Para Berkeley a existência está diretamente ligada a percepção ou ao que dela podemos perceber.
Berkeley é o elemento simplificador em toda a história da teoria do conhecimento, por possibilitar uma rápida assimilação de seu pensamento, além de seus conceitos serem mais coerentes com os elementos dados. Sua simplicidade faz das muitas letras filosóficas que surgiram antes e depois dele parecerem areias soltas ao vento, pois nele encontramos o resumo daquilo que se pode melhor entender acerca do entendimento humano.
Para ele, existe apenas a mente e as idéias. Todas as coisas que compõem o mundo, a natureza, só têm “substância” em nosso espírito. Objeto sensível para ele não é um elemento causador exterior absolutamente existente (ainda que não negue a existência das coisas), mas serão as próprias idéias por ele produzidas. Tais idéias são impostas sobre uma suposta existência exterior. Nossas idéias são o efeito de causas exteriores as quais são desconhecidas para nós, porém o efeito de nossas idéias nada impede que delas façamos juízos verdadeiros. Não há nada que nos garanta como as coisas realmente são em sua essência, uma vez provocadas em nossas sensações, a nossa mente constrói as idéias por relação, mas, não temos acesso as coisas, ao objeto em si. Toda e qualquer formulação das idéias partirá da relação objeto – sensações – mente.
11 Os objetos dos sentidos, sendo coisas imediatamente percebidas, são alternativamente chamados idéias. A causa dessas idéias, ou o poder que as produz, não é o objeto dos sentidos, dado que não é ela própria percebida, mas apenas inferida pela razão a partir de seus efeitos, a saber, os objetos ou idéias percebidos pelos sentidos. De nossas idéias dos sentidos é correto inferir um Poder, Causa ou Agente; mas não podemos daí inferir que nossas idéias sejam semelhantes a esse Poder, Causa ou Ser ativo. Ao contrário, parece evidente que uma idéia só pode ser semelhante a outra idéia, e que em nossas idéias ou objetos imediatos dos sentidos não se inclui nada referente a poder, causalidade ou agência. (A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA)
13 Idéias que observamos estarem conjugadas são vulgarmente consideradas sob a relação de causa e efeito, embora a estrita verdade filosófica seja que elas se relacionam apenas como o signo à coisa significada. Pois conhecemos nossas idéias e sabemos, portanto, que uma idéia não pode ser causa de outra. Sabemos que nossas idéias dos sentidos não são a causa de si próprias. Sabemos também que nós não as causamos. Conseqüentemente, sabemos que elas devem ter alguma outra causa eficiente, distinta delas próprias e de nós.(Berkeley. A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA).
A máxima de Berkeley é: "ser é ser percebido" (esse est percipi ou to be is to be perceived). Para Berkeley a existência está diretamente ligada a percepção ou ao que dela podemos perceber.
Berkeley é o elemento simplificador em toda a história da teoria do conhecimento, por possibilitar uma rápida assimilação de seu pensamento, além de seus conceitos serem mais coerentes com os elementos dados. Sua simplicidade faz das muitas letras filosóficas que surgiram antes e depois dele parecerem areias soltas ao vento, pois nele encontramos o resumo daquilo que se pode melhor entender acerca do entendimento humano.
Para ele, existe apenas a mente e as idéias. Todas as coisas que compõem o mundo, a natureza, só têm “substância” em nosso espírito. Objeto sensível para ele não é um elemento causador exterior absolutamente existente (ainda que não negue a existência das coisas), mas serão as próprias idéias por ele produzidas. Tais idéias são impostas sobre uma suposta existência exterior. Nossas idéias são o efeito de causas exteriores as quais são desconhecidas para nós, porém o efeito de nossas idéias nada impede que delas façamos juízos verdadeiros. Não há nada que nos garanta como as coisas realmente são em sua essência, uma vez provocadas em nossas sensações, a nossa mente constrói as idéias por relação, mas, não temos acesso as coisas, ao objeto em si. Toda e qualquer formulação das idéias partirá da relação objeto – sensações – mente.
11 Os objetos dos sentidos, sendo coisas imediatamente percebidas, são alternativamente chamados idéias. A causa dessas idéias, ou o poder que as produz, não é o objeto dos sentidos, dado que não é ela própria percebida, mas apenas inferida pela razão a partir de seus efeitos, a saber, os objetos ou idéias percebidos pelos sentidos. De nossas idéias dos sentidos é correto inferir um Poder, Causa ou Agente; mas não podemos daí inferir que nossas idéias sejam semelhantes a esse Poder, Causa ou Ser ativo. Ao contrário, parece evidente que uma idéia só pode ser semelhante a outra idéia, e que em nossas idéias ou objetos imediatos dos sentidos não se inclui nada referente a poder, causalidade ou agência. (A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA)
13 Idéias que observamos estarem conjugadas são vulgarmente consideradas sob a relação de causa e efeito, embora a estrita verdade filosófica seja que elas se relacionam apenas como o signo à coisa significada. Pois conhecemos nossas idéias e sabemos, portanto, que uma idéia não pode ser causa de outra. Sabemos que nossas idéias dos sentidos não são a causa de si próprias. Sabemos também que nós não as causamos. Conseqüentemente, sabemos que elas devem ter alguma outra causa eficiente, distinta delas próprias e de nós.(Berkeley. A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA).
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