quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

28/01/2010

RECORDE DE CHUVA

Bom, fazem 3 dias que acompanho o Jornal Hoje da Rede Globo de televisão e todos os dias, assim como todas as outras emissoras, estão comentando acerca das chuvas em São Paulo. Quando entra na parte da previsão do tempo a grande manchete é se as chuvas irão ou não bater o recorde do mês de janeiro de todos os tempos na cidade. A ênfase a esse assunto sem graça, tendo em vista que as chuvas tem deixado milhares de desabrigados além de mortos, é por demais inoportuna, mas estão loucos para dar a notícia do recorde de chuvas, mais um triste recorde que não faz falta nenhuma, principalmente para as famílias que por causa das enchentes não tem o que comemorar. SÓ PENSANDO...

05/02/2010

FÉ E CONHECIMENTO

Geralmente tenho me sentido envergonhado e frustrado por pertencer a um grupo de pessoas que se denominam cristãs, e que em nome de sua fé tem aprisionado vidas conduzido multidões ao erro. Muitos que se dizem cristãos ou evangélicos, principalmente nos meios pentencostais e neopentencostais, e até mesmo em igrejas ditas reformadas anulam o conhecimento em nome da fé, mas será que fé não implica em conhecer? será que antes não nos vem o conhecimento desta fé para que a possamos segui-la? evidente que sim. Quando entendemos Deus como sendo o Autor de todas as coisas, o Governante supremo de tudo o que existe e que não existe, quando vemos Deus como ele realmente é em absoluto, então podemos entender que este Deus dotou o homem com uma capacidade especial que possibilite acreditar Nele. As funções da razão humana ou os meios do entendimento, foram por Deus planejados de tal forma que possibilitasse a sua compreensão e que tornasse canal de ligação com Ele. A nossa "alma" ou "esírito" ou "mente", é uma estrutura voltada para o conhecer, sendo assim não podemos simplismente evitar o maravilhoso processo de conhecer a Deus. Não ignoremos o aprendizado, pois tudo o que há e tudo o que foi e tudo aquilo que será é para a glória de Deus e Ele tem utilizado tudo para revelar-se ao nosso entendimento.

CONHECENDO GEORGE BERKELEY - PARTE 1

IDEALISMO SUBJETIVO E IMATERIALISMO

A máxima de Berkeley é: "ser é ser percebido" (esse est percipi ou to be is to be perceived). Para Berkeley a existência está diretamente ligada a percepção ou ao que dela podemos perceber.
Berkeley é o elemento simplificador em toda a história da teoria do conhecimento, por possibilitar uma rápida assimilação de seu pensamento, além de seus conceitos serem mais coerentes com os elementos dados. Sua simplicidade faz das muitas letras filosóficas que surgiram antes e depois dele parecerem areias soltas ao vento, pois nele encontramos o resumo daquilo que se pode melhor entender acerca do entendimento humano.
Para ele, existe apenas a mente e as idéias. Todas as coisas que compõem o mundo, a natureza, só têm “substância” em nosso espírito. Objeto sensível para ele não é um elemento causador exterior absolutamente existente (ainda que não negue a existência das coisas), mas serão as próprias idéias por ele produzidas. Tais idéias são impostas sobre uma suposta existência exterior. Nossas idéias são o efeito de causas exteriores as quais são desconhecidas para nós, porém o efeito de nossas idéias nada impede que delas façamos juízos verdadeiros. Não há nada que nos garanta como as coisas realmente são em sua essência, uma vez provocadas em nossas sensações, a nossa mente constrói as idéias por relação, mas, não temos acesso as coisas, ao objeto em si. Toda e qualquer formulação das idéias partirá da relação objeto – sensações – mente.

11 Os objetos dos sentidos, sendo coisas imediatamente percebidas, são alternativamente chamados idéias. A causa dessas idéias, ou o poder que as produz, não é o objeto dos sentidos, dado que não é ela própria percebida, mas apenas inferida pela razão a partir de seus efeitos, a saber, os objetos ou idéias percebidos pelos sentidos. De nossas idéias dos sentidos é correto inferir um Poder, Causa ou Agente; mas não podemos daí inferir que nossas idéias sejam semelhantes a esse Poder, Causa ou Ser ativo. Ao contrário, parece evidente que uma idéia só pode ser semelhante a outra idéia, e que em nossas idéias ou objetos imediatos dos sentidos não se inclui nada referente a poder, causalidade ou agência. (A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA)

13 Idéias que observamos estarem conjugadas são vulgarmente consideradas sob a relação de causa e efeito, embora a estrita verdade filosófica seja que elas se relacionam apenas como o signo à coisa significada. Pois conhecemos nossas idéias e sabemos, portanto, que uma idéia não pode ser causa de outra. Sabemos que nossas idéias dos sentidos não são a causa de si próprias. Sabemos também que nós não as causamos. Conseqüentemente, sabemos que elas devem ter alguma outra causa eficiente, distinta delas próprias e de nós.(Berkeley. A TEORIA DA VISÃO CONFIRMADA E EXPLICADA).

03/06/2011

CONHECENDO GEORGE BERKELEY - PARTE 2

SUBSTÂNCIA

Para Berkeley a substância ou matéria, assim como é confusamente apresentada na filosofia de maneira geral, é inteligível, inconcebível, e, é a própria inpercepção dessa substância que a torna inexistente, pois daquilo que não consigo perceber (que significa ter a idéia mesma de algo), não posso formar nenhuma idéia. Quanto à imprecisão da definição de substância material na filosofia ele diz:
17. Se pesquisarmos o que os filósofos mais precisos declaram que entendem por substância (substratum) material, descobriremos que, segundo eles mesmos reconhecem, não tem mais significado para essas palavras que a idéia de ser em geral, com a noção relativa de estar dando suporte aos acidentes. A idéia geral de ser, parece-me a mais abstrata e incompreensível de todas; e quanto ao dar suporte aos acidentes, isto é algo que, como acabo de observar, não se pode entender no sentido usual dessas palavras. Deve-se, pois, tomar em algum outro sentido; mas não explicam qual deveria ser este. De maneira que, quando considero as duas partes ou ramos que compõe o significado das palavras substância material, convenço-me de que não há um significado claro e diferente agregado a elas. (Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano)
É fundamental para Berkeley demonstrar a falibilidade da crença tradicional filosófica na substância e na abstração dos universais, pois, é na investigação primeira destas noções errôneas que são lançadas as bases para o seu imaterialismo. Vejamos:
9. Há quem faça uma distinção entre qualidades primárias e secundárias. Pelo primeiro eles significam extensão, figura, movimento, repouso, solidez ou impenetrabilidade, e número, por este último que denotam todas as outras qualidades sensíveis, como cores, sons, sabores, e assim por diante. As idéias que temos destas não reconhecem ser as semelhanças de qualquer coisa existente fora da mente, ou despercebido, mas eles vão ter nossas idéias das qualidades primárias a padrões ou imagens de coisas que existem sem a mente, numa substância irrefletida que chamamos matéria. Pela matéria, portanto, estamos a compreender um material inerte, substância sem sentido, em que extensão, forma e movimento realmente subsiste. Mas é evidente a partir do que já temos demonstrado, que a extensão, figura e movimento são apenas idéias existentes na mente, e que uma idéia pode ser nada, mas como uma outra idéia, e que, consequentemente, nem eles nem seus arquétipos pode existir em uma impercepcionante substância. Por isso, é claro que a própria noção do que é chamado matéria ou substância corpórea, envolve uma contradição nisso. (Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano).
O lugar no qual todas as qualidades estão é a mente, as idéias não existem sem a mente, fora da mente nada poderá ser diferente de como é para nós “pois ter uma idéia é o mesmo que perceber”, assim, a percepção é a própria formulação da idéia, sua atividade ou ação na mente. Berkeley contesta a existência de qualquer substância não pensante como se apresentou até então, ou seja, para alguns as qualidades ou acidentes subsistiriam em alguma coisa inerte e sem sentido, algo que não se pode saber o que é pelos sentidos, é algo ao qual não temos acesso algum.
PRÓXIMOS TÓPICOS:

3. A MENTE
4. É POSSÍVEL APRIORISMO(Proposto na CRP por Kant) EM BERKELEY?
4.1. ESPAÇO E 4.2. TEMPO

Acerca do Ideal e do Real na Filosofia de Berkeley e Schopenhauer - Qual a Necessidade de uma Vontade?

Parte - I

Nas suas considerações em “esboço de uma história da doutrina do ideal e do real” Schopenhauer desenvolve um considerável histórico em forma de um resumo do pensamento moderno a partir de Descartes até Kant - dando a partir daí um salto para si mesmo por não considerar Fichte, Schelling e Hegel filósofos - analisando, segundo sua própria ótica, alguns dos principais autores modernos buscando o ponto problemático comum a todos para que viesse a partir deste ponto comum tentar buscar uma solução. Após uma breve análise em cada autor e de desenvolver algumas criticas, Schopenhauer irá notar que o problema central que emana das discussões filosóficas é no que diz respeito às relações entre sujeito e objeto.
Chega, então, a conclusão de que se faz necessário haver uma união coerente e necessária de sujeito-objeto sem a intervenção de uma divindade (“vontade e onipotência de Deus são a causa direta de todo fenômeno no mundo da percepção intuitiva”), bem como também os panteístas e os céticos até então não conseguiram obter o sucesso satisfatório em suas investigações. Schopenhauer admitirá o idealismo do ponto de vista fenomênico, ou seja, o mundo enquanto nossa representação, mas divergirá quanto à coisa-em-si, pois Berkeley não admitia existência alguma realmente em si mesma, isto é, fora do idealizado, já Kant admitia a existência de uma coisa-em-si que está fora do idealizado, mas que a tal coisa-em-si nós também não temos acesso algum, daí Schopenhauer irá dizer que esta coisa-em-si é a vontade que foi desprezada, ou não notada, ou simplesmente admitida como uma das representações pelos seus antecessores.
Somente vontade e representação são fundamentalmente diferentes na medida em que constituem o contraste básico de todas as coisas no mundo sem deixar nada para trás. A coisa representada e a representação desta são o mesmo; mas apenas a coisa representada, não a coisa-em-si. A última é sempre vontade, qualquer seja a forma na qual aparece na representação. (Schopenhauer, Fragmentos sobre a história da Filosofia)
Aqui ele irá fazer diferença entra coisa representada e coisa-em-si, ou, pode-se considerar que ele introduz dentro da investigação filosófica uma nova coisa-em-si que será em sua filosofia a chamada vontade.
A fonte do problema para Schopenhauer é basicamente a falta de conexão entre o ideal e o real, pois ninguém até o momento teria encontrado uma solução sem recorrer a soluções teístas, e é esse afastamento dogmático teísta judaico que o faz admirar Kant e considerar-se seu sucessor.
Para Schopenhauer muito na filosofia de Berkeley é de “compreensão verdadeira e profunda” chegando a considerá-lo o pai do idealismo, porém para ele Berkeley também “não sabia como encontrar o real”, mas veremos que na filosofia de Berkeley o real não é objetivo a ser alcançado e sim a ser negado, pois o real em Berkeley estará o representativo, ele não procura unir ou relacionar ideal e real, mas provar a impossibilidade do material em si por não podermos avançar além das nossas ideias, considerando como existência real os seres que conhecem e desejam. Schopenhauer está convencido acerca dessa representação fenomenológica ou ideal de mundo, mas simplesmente não aceita – por opinião – a separação dualística entre subjetividade e objetividade. (Davi Gadelha -3º ano)

Acerca do Ideal e do Real na Filosofia de Berkeley e Schopenhauer - Qual a Necessidade de uma Vontade?

Parte - II

Como já foi mencionado anteriormente, Schopenhauer procura desenvolver a sua filosofia tentando unir sujeito-objeto/objeto-sujeito, buscando desconsiderar que exista hierarquia de influencia quanto a estas duas entidades. Tenta então fundir o ideal e o real em uma confusa teoria do conhecimento que assimila elementos kantianos e empiristas além de criar outras possibilidades que são pouco convincentes.

OBJEÇÕES A DOUTRINA DE SCHOPENHAUER SEGUNDO AS PROPOSTAS DE BERKELEY

Quanto ao real e o ser-em-si

Berkeley descarta o real da maneira como se entende na filosofia, como sendo a matéria exterior as representações do próprio sujeito, esta realidade para ele não existe;
Há certo equívoco em pensar que o real seja a coisa-em-si, tal equívoco estava atormentando a tradição filosófica até Berkeley, daí Hume tenta restabelecer o ceticismo, mas é em Kant que se tenta uma maneira de unir ambas as escolas, mas sem sucesso. Schopenhauer adota o mesmo caminho trilhado por Kant;
A coisa representada é para os seus antecessores a possível coisa-em-si, já Schopenhauer cria a vontade para não confundir coisa representada com coisa-em-si;
Não há uma necessidade de haver uma relação ou conexão categórica entre ideal e real a não ser por vaidade filosófica expressa em opiniões de não aceitação;
Berkeley definitivamente aboliu o materialismo provando a impossibilidade de uma coisa-em-si que subsista além de representações ideais pondo fim a este equívoco filosófico, assim uma vez provando-se categoricamente um idealismo sustentável – inclusive com bases empíricas –, já não há mais espaço para tentativas vãs de ressuscitar tal discussão, ainda mais com propostas infundadas;

Quanto à vontade

Para haver vontade naquilo que se entende por este termo na filosofia – E Schopenhauer não se afasta disso, pois sua vontade é uma vontade de querer –, se faz necessário o pressuposto de uma consciência, como pode algo quer e influenciar a consciência do humano sem que esse algo tenha em si mesmo consciência?;
A única vontade que podemos conhecer é a do sujeito que pensa que é ativo;
A vontade Schopenhauer seria em Berkeley inalcançável sem uma mente consciente;
A vontade fundamenta-se em uma consciência e objetiva algo, não pode ser desconhecida e arbitrária, assim como se apresenta na filosofia de Schopenhauer;
A vontade depende da representação para acontecer, ou seja, está subordinada a representação do sujeito que a representa;
A vontade como a conhecemos só se manifesta enquanto representação da ação causada na consciência; se a vontade em Berkeley pertence apenas às mentes que conhecem e percebem, o ser-em-si só pode ser estas mentes (humana e divina) não podendo haver uma vontade arbitrária cosmológica; (Davi Gadelha – 3º ano)

09/09/2011

O Filosofar e a Verdade

Neste curso observa-se que alunos meio “maluquinhos” tornam-se de certa forma mais “serenos” e outros mais “serenos” tornam-se mais “maluquinhos”, e surge então a pergunta: que “poder” é esse que a filosofia exerce sobre os colegas acadêmicos?
Debates eloquentes e dificuldades teóricas com seus labirintos sutis provocam as mais diversas reações ainda que muitos nada consigam entender, e é com estes últimos que o autor do presente texto identifica-se. O senso comum tende a criticar a filosofia e tal senso encontramos culturalmente evidente até mesmo na academia, mas no fundo se rende a maestria dos verdadeiros filósofos. O filosofar terá sempre esta duplicidade funcional entre a filosofia e o filósofo, e aqui, não cabem os simplistas nem o senso comum. E neste campo filosófico os homens/mulheres filósofos (as) nada mais são do que instrumentos do saber, os quais têm suas mentes entregues ao inteiro serviço filosófico e que neste tem eles o seu maior prazer. Não importa quem foram (são), como viveram (vem), ricos ou pobres, escravos ou livres, a filosofia os escolhe para deles emanar saber, um saber este que vai abrindo caminho para o encontro com a verdade. No filosofar são inquietados nossos prazeres, nossos medos, nossa vida em todos os seus aspectos, em nosso mundo os fantasmas tornam-se reais e a realidade ilusão, e isso, é simplesmente fantástico.
Mas, é entre a soberba docente e os livros dos gênios que estamos nós situado, meros discentes mortais, limitados pelo rigorismo da didática acadêmica que nos impedem de irmos além das pautas. O convite da filosofia não é para os acadêmicos do curso, mas para os estudantes de filosofia, os reais aspirantes a filósofos.
A filosofia é como uma linha na qual convergem diversos temas emergidos da curiosidade da mente linguística humana. Para que haja o processo do filosofar é preciso entender esta linha e seus temas que foram ao longo da história do conhecimento abordados através de inúmeros sistemas. Assim, o primeiro passo é o aprendizado a rigor destes sistemas aproximando-se ao máximo de suas interpretações genuínas quanto possível para que então em um segundo momento possamos com eles dialogar. Tal diálogo com estes sistemas proporcionará inevitavelmente um fator a mais, qual seja a nossa própria maneira de filosofar que é a capacidade própria de recriar, de reinventar. Então, o presente texto entende que a verdade já foi encontrada e a filosofia é uma das vias verdadeiras para explicá-la, ou simplesmente torná-la cada vez mais consciente em nós.
É preciso entender que a verdade metafísica não pode ser confundida com o dizer ou não dizer uma verdade num sentido meramente teorizado de termos contrários (verdade-mentira). Neste caso, entendamos que o “não é” não pode ser de maneira nenhuma o que “é” apenas por “não é” representar o contrário daquilo que “é” e assim, consequentemente, necessário a esta compreensão do que “é”. O “não ser” pode ser uma outra coisa, e, é, mas não pode ser o que “é”, porém tanto o “não é” como também o que “é” são formas explicativas da verdade, da perfeição, da plenitude. O “não é” torna-se também algo que é no momento em que é teoricamente diferente, ou seja, não podendo existir o que “não é” em si (ou um não ser) pelo simples fato do conceito maior de espaço absoluto (totalidade de todas as coisas no existir-princípio espacial absoluto) impedir tal concepção da existência do “não é” enquanto existência em si (impossibilidade do nada) nada impede esta teorização do “não é”. Por isso, “nada” e “não é” são algo sim, são pelo menos um/em conceito antagônico daquilo que “é” e necessários a nossa espectadora compreensão. Assim, dizer que existe uma verdade absoluta não quer dizer que não possam haver várias maneiras de explicá-la, daí os sistemas filosóficos, que impulsionados pela vaidade sempre em conflito na mente do filósofo e que os inquietam a produzir , não são estruturados para uma busca da verdade, mas de sua explicação. A verdade está aí e manifesta-se na realidade antagônica do que “é” em si e do que “não é” enquanto teórico-contrário daquilo que “é”, sendo que já nos foi apresentada tal verdade, apenas caminhamos rumo ao seu desvendar.
Filosofar é (no sentido grego de “estar sendo” – presente do indicativo ativo) então, fazer esta leitura diferentemente peculiar de mundo, já que um dia nos foi removido o véu da sensibilidade bestial. Inquieta-se ainda em perguntar: há um motivo prático maior que justifique o filosofar? Com certeza sim. Este motivo é o de estarmos aqui a convite da verdade para este bate-papo. O diálogo do filósofo neste seu esforço explicativo não é um diálogo com a humanidade, mas com o próprio saber que se explica e as mentes que são pela verdade chamadas a esta tarefa. A verdade nos ensinou a explicá-la pelo pensar e pelo registrar desse pensamento. A Filosofia é uma conversa que pode não ter fim assim como não tem fim a verdade que a impulsionou. Davi Gadelha - 3º ano Filosofia UEPB – 18/08/11