Considerações
Finais
Podemos concluir que
esta breve reflexão nos direcionou a uma singela compreensão de que a estética
de Hegel aponta para um movimento de um pensamento dialético conceitual rumo a
uma universalidade e totalidade da Ideia de Liberdade intimamente ligada ao Absoluto
enquanto síntese do Espírito e Natureza e que a arte é estabelecida como um elo
magistral entre a finitude e o infinito contemplado. Percebemos ainda, ao fazer
uma rápida análise entre alguns filósofos idealistas, a título de curiosidade
ou mesmo de observação, que, ao que Kant deixou pendente enquanto “coisa-em-si”
ou noumenon, enquanto inacessível à
mera razão e ao que Schopenhauer tentou denominar de “Vontade Arbitrária” àquilo
que estava para fora da representação (ou noumenon
kantiano), Hegel considerou, como fim da atividade do pensamento, este reconhecimento do Absoluto enquanto
agente único de toda representação e nada mais para além disso, descartando
qualquer possibilidade de haver algo em si mesmo fora do Absoluto. Em outras
palavras, ao idealismo subjetivo que Berkeley havia suscitado e que depois foi
reafirmado por Kant, Hegel atestou a impossibilidade de avanço do pensamento, colocando
um ponto final nas pretensões filosóficas, uma vez que o sujeito, em sua
filosofia, encontrou a liberdade na totalidade absoluta em si mesmo através do
auxílio eficaz da contemplação artística.
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