sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

HEGEL - O Papel da Arte na Transição da Existência Finita para o Infinito - PARTE FINAL


Considerações Finais

Podemos concluir que esta breve reflexão nos direcionou a uma singela compreensão de que a estética de Hegel aponta para um movimento de um pensamento dialético conceitual rumo a uma universalidade e totalidade da Ideia de Liberdade intimamente ligada ao Absoluto enquanto síntese do Espírito e Natureza e que a arte é estabelecida como um elo magistral entre a finitude e o infinito contemplado. Percebemos ainda, ao fazer uma rápida análise entre alguns filósofos idealistas, a título de curiosidade ou mesmo de observação, que, ao que Kant deixou pendente enquanto “coisa-em-si” ou noumenon, enquanto inacessível à mera razão e ao que Schopenhauer tentou denominar de “Vontade Arbitrária” àquilo que estava para fora da representação (ou noumenon kantiano), Hegel considerou, como fim da atividade do pensamento,  este reconhecimento do Absoluto enquanto agente único de toda representação e nada mais para além disso, descartando qualquer possibilidade de haver algo em si mesmo fora do Absoluto. Em outras palavras, ao idealismo subjetivo que Berkeley havia suscitado e que depois foi reafirmado por Kant, Hegel atestou a impossibilidade de avanço do pensamento, colocando um ponto final nas pretensões filosóficas, uma vez que o sujeito, em sua filosofia, encontrou a liberdade na totalidade absoluta em si mesmo através do auxílio eficaz da contemplação artística. 

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