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sábado, 29 de agosto de 2015

Humanidade e Divindade de Jesus Cristo





Humanidade e Divindade de Jesus Cristo



Bom, se Jesus foi realmente homem, com certeza sentiu desejos. No caso do sexo, o desejo é uma consequencia de uma necessidade. Em nenhum momento o sexo ou outro desejo natural é tido como pecado nas escrituras, o pecado está no uso ou na amplificação que se faz com estes desejos, ou seja, comer demais = gula, por exemplo. Por isso que a teologia cristã deve prestar mais atenção em suas doutrinas acerca da divindade e humanidade de Cristo. Namorar e casar não implica em tentação, mas sim o adultério. Entretanto, não há nenhum indicio histórico correlato que comprove que Jesus se envolveu com mulher, apesar de ter sido um homem rodeado por elas. Jesus mudou a forma de se olhar para as mulheres em sua época e recebeu, por isso, grande admiração por parte delas. Cristo foi um ser divino no que toca a sua função e missão na terra, mas é evidente, por suas orações que, nele não poderia haver nenhum poder sobrenatural que o ajudasse em sua missão, ao que teria que passar como homem. Daí encontramos duas dificuldades quanto a divindade completa do Cristo, a saber que ele afirmou que não sabia a hora e nem o dia de sua volta, e, sua agressão aos mercadores do templo. Penso que tais passagens revelam sim, que Cristo era humano demais, além é claro, de divino.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

TEVE JESUS CRISTO UMA ESPOSA?



Papiro que diz que Jesus tinha esposa é autêntico, afirmam cientistas

POR Ione Aguiar, de BRASIL POST ATUALIZADO EM 27/08/2015

Três equipes de cientistas de Harvard, de Columbia e do MIT (Massachussetts Institute of Technology) concluíram que um antigo papiro que diz que Jesus era casado não é uma falsificação.

PapiroKaren L. King/ Harvard University

O chamado "Evangelho da Esposa de Jesus" foi escrito na língua copta, idioma extinto no século XVII, e descoberto em 2012.
Ele contém a frase "Jesus disse-lhes: 'Minha esposa ...", e também uma referência a uma discípula mulher: "ela poderá ser minha discípula".
À ocasião da descoberta, o jornal do Vaticano declarou que o papiro era falso, tinha gramática pobre e origem incerta.
Agora, novas análises científicas indicam que o papiro de 4 cm por 8 cm é perfeitamente autêntico.
Segundo artigo publicado na Harvard Theological Review, o documento remonta mais provavelmente do período entre os séculos 6 e 9 d.C. "A composição química do papiro e os padrões de oxidação são consistentes com outros papiros antigos, ao comparar o fragmento do Evangelho da Esposa de Jesus com o Evangelho de João", escreveram os pesquisadores.
Mistério
Os resultados do teste não provam que Jesus tinha, de fato, uma esposa. Karen King, historiadora da Harvard Divinity School que recebeu o papiro de um colecionador anônimo, afirmou que a grande conclusão que se pode tirar do documento é que temas como sexo, celibato e casamento eram muito discutidos no cristianismo primitivo.
Na mesma edição da Harvard Theological Review em que a autenticidade do papiro é defendida, outro pesquisador declara que a relíquia é "tão falsa que parece perfeita para uma esquete do Monty Phyton".
O egiptologista Leo Depuydt, da Brown University, afirma que erros gramaticais do copta e o uso seletivo de negrito nas palavras "minha esposa" são indícios de que se trata de uma falsificação.
Fonte:http://super.abril.com.br/historia/papiro-que-diz-que-jesus-tinha-esposa-e-autentico-afirmam-cientistas?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super
Quanto a isso, minha humilde opinião é como segue:
Jesus Cristo foi casado?


O fato de Jesus ter tido ou não esposa é irrelevante diante de sua função na história e também no contexto de interpretação cristã. Nenhum apóstolo ou escrito considerado canônico afirma que Cristo NÃO teve esposa, o que, naturalmente, cabe uma suposição. Entretanto, a santidade de Jesus não pode ser confundida com o ato sexual, pois nas próprias páginas do NT o ato sexual pode santificar o cônjuge que não é cristão. Muita especulação e alarido se forma devido um senso criado dentro do cristianismo de que o sexo é pecaminoso ou que Jesus seria perfeitamente ou 100% santo enquanto homem. Mas é preciso uma análise pormenorizada acerca da humanidade e divindade do Cristo que é o que importa nessa discussão.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Bíblia com mais de 1500 anos é achada em Israel

Bíblia com mais de 1500 anos é achada em Israel

Pergaminho só pôde ser decifrado com uso de tecnologia moderna
por Jarbas Aragão

Bíblia com mais de 1500 anos é achada em IsraelBíblia com mais de 1500 anos é achada em Israel
Constantemente surgem especulações de quanto a Bíblia foi adulterada com o passar dos anos. Graças a tecnologia de ponta desenvolvida em Israel, somente agora a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) foi capaz de decifrar um dos pergaminhos hebraicos mais antigos já encontrados. Com mais de 15 séculos de idade, ele foi encontrado em 1970, numa sinagoga em Ein Gedi, perto do Mar Morto.
O deteriorado pergaminho não podia ser lido, por isso até agora não era possível saber do que se tratava. Pnina Shor, falou em nome da AAI em coletiva de imprensa em Jerusalém nesta segunda (20).
“A tecnologia mais avançada disponível nos permitiu desvendar o pergaminho, que fazia parte de uma Bíblia de 1500 anos de idade”, explicou Shor. O estado precário da peça encontrada em uma escavação em 1970 devia-se a ela ter sobrevivido ao incêndio que provavelmente destruiu a sinagoga.
Os especialistas utilizaram uma técnica de escaneamento tridimensional da empresa israelense Merkel Technologies. Os resultados foram enviados para o Departamento de Informática da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos. A instituição possui um programa de imagem digital que possibilitou pela primeira vez na semana passada a leitura do que antes era visto como um “pedaço de carvão”.
O fragmento possui sete centímetros de comprimento e contém os oito primeiros versículos do livro de Levítico, que explica as regras dos sacrifícios rituais.
Pergaminhos
Lena Liebman, do laboratório de conservação dos pergaminhos do Mar Morto, mede um fragmento de pergaminho queimado na segunda (20), em laboratório em Jerusalém (Foto: AFP Photo/Gali Tibbon)
“Depois dos Manuscritos do Mar Morto, esta é a descoberta mais significativa de uma Bíblia escrita”, reiterou Shor na coletiva.
O arqueólogo Sefi Porat era um membro da equipe que escavou as ruínas da sinagoga há 45 anos. “Nós tentamos lê-lo, mas sem sucesso”, disse ele. “Nós não sabíamos o que estava escondido lá”.
Durante mais de quatro décadas, a peça foi mantida no escuro, em cofres climatizados da AAI, junto com trechos dos Manuscritos do Mar Morto.


Shor acredita que a descoberta preenche uma lacuna importante entre os Manuscritos do Mar Morto, escrito há mais de 2000 anos atrás, e o conhecido Códice de Aleppo, do século 10.
Os 870 rolos do Manuscritos do Mar Morto foram descobertos entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, perto do Mar Morto. O documento mais antigo deles remonta ao século III a.C e o mais recente por volta do ano 70 d.C., quando as tropas romanas destruíram o segundo templo e toda a Jerusalém.
O Códice de Aleppo foi escrito em Tiberíades, na Galileia, por volta do ano 930 dC. Com suas quase 500 páginas de pergaminho, é considerada a mais antiga cópia conhecida da Bíblia completa.
Roubado durante as Cruzadas em 1099, acabou ficando em Alepo, na Síria, e escondido durante seis séculos. Foi revelado ao mundo em 1957. O códice encontra-se atualmente no Museu de Israel, no mesmo prédio onde estão os Manuscritos do Mar Morto.
Uma leitura atenta de todos esses documentos importantes e mais o texto encontrado agora revelam que não há diferenças significativas, comprovando o cuidado extremo que os judeus sempre tiveram em preservar suas Escrituras Sagradas. Com informações de Israel National News

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/biblia-pergaminho-1500-anos-israel/


quinta-feira, 2 de julho de 2015

A Doutrina da Providência segundo Calvino





Em suma, Agostinho ensina reiteradamente que, se algo é deixado à sorte, o mundo revolve ao léu. E visto que ele estabelece em outro lugar que tudo se processa em parte pelo livre-arbítrio do homem, em parte pela providência de Deus, contudo pouco depois deixa bastante claro que os homens estão sujeitos a esta, e são por ela governados, uma vez ser sustentado o princípio de que nada há mais absurdo do que alguma coisa acontecer sem que Deus o ordene, pois doutra sorte aconteceria às cegas. Razão pela qual até exclui a contingência que depende do arbítrio dos homens, asseverando, ainda mais claramente logo depois, que não se deve buscar qual é a causa da vontade de Deus. Quantas vezes, porém, é por ele feita menção do termo permissão, como se deva entender que isso se evidenciará perfeitamente de uma passagem onde ele prova que a vontade de Deus é a suprema e primeira causa de todas as coisas, já que nada acontece a não ser por sua determinação ou permissão. Certamente, ele não imagina Deus a repousar em ociosa torre de observação, enquanto se dispõe a permitir algo, quando intervém uma, por assim dizer, vontade presente, de qualquer modo não se poderia declarar como causa.

João Calvino. Institutas.


LIVRE-ARBÍTRIO E RESPONSABILIDADE DE ADÃO - João Calvino





8. LIVRE-ARBÍTRIO E RESPONSABILIDADE DE ADÃO Portanto, Deus proveu a alma do homem com a mente, mediante a qual pudesse distinguir o bem do mal, o justo do injusto, e, assistindo-a a luz da razão, percebesse o que se deve seguir ou evitar. Razão por que os filósofos chamaram a esta parte diretiva to ehgemonikon [to hçgemonikon – o dirigente]. A esta mente Deus associa a vontade, em cuja alçada está a escolha. Nestes preclaros dotes exceleu a primeira condição do homem, de sorte que a razão, a inteligência, a prudência, o julgamento não só lhes bastaram para a direção da vida terrena, mas ainda por meio destes 98. Primeira edição: “Portanto, assim hajamos: subjazem à alma humana duas partes, que, indubitavelmente, convêm ao presente propósito.” 99. Assim Platão em Fedro. 100. Ética, livro VI, capítulo 2. 196 LIVRO I elementos, os homens pudessem transcender até Deus e à felicidade eterna. Então proveu que se acrescentasse a escolha, que dirigisse os apetites e regulasse a todos os movimentos orgânicos, e assim a vontade fosse inteiramente consentânea à ação moderadora da razão. Nesta integridade, o homem usufruía de livre-arbítrio, mercê do qual, caso quisesse, poderia alcançar a vida eterna. Ora, está fora de propósito introduzir aqui a questão da predestinação secreta de Deus, uma vez que não está a tratar-se do que aconteceu ou não pôde acontecer, mas, ao contrário, de qual foi a natureza do homem. Portanto, Adão podia manterse, se o quisesse, visto que não caiu senão de sua própria vontade. Entretanto, já que sua perseverança era flexível, por isso veio tão facilmente a cair. Contudo, a escolha do bem e do mal lhe era livre. Não só isso, mas ainda suma retidão havia em sua mente e em sua vontade, e todas as partes orgânicas estavam adequadamente ajustadas à sua obediência, até que, perdendo-se a si próprio, corrompeu todo o bem que nele havia. Daqui a escuridão tão ingente lançada diante dos filósofos, visto que na ruína procuravam um edifício estruturado e na desarticulação desconexa, junturas ajustadas. Sustentavam este princípio: que o homem não havia de ser um animal racional, a não ser que lhe assistisse livre escolha do bem e do mal. Também lhes vinha à mente que, de outra sorte, a não ser que o homem dispusesse a vida, segundo seu próprio entender, a distinção entre virtudes e vícios estaria anulada. Até aqui, sem dúvida estaria tudo bem arrazoado, se nenhuma mudança tivesse havido no homem.Uma vez que esta mudança lhes foi ignorada, não surpreende que misturem o céu à terra! Mas os que professam ser cristãos, e ainda buscam o livrearbítrio no homem perdido e imerso em morte espiritual, corrigindo a doutrina da Palavra de Deus com os ensinos dos filósofos, estes se desviam totalmente do caminho e não estão nem no céu nem na terra, como se verá mais extensamente em outro lugar.101 Agora importa levar em conta apenas isto: que em sua condição original o homem foi totalmente diferente de toda sua posteridade, a qual, derivando a origem do corrupto, dele contraiu mácula hereditária. Ora, todas as partes da alma, uma a uma, lhe estavam conformadas à retidão, e firme se estabelecia a sanidade de sua mente, e sua vontade era livre para escolher o bem. Se alguém objeta, dizendo que sua vontade fora posta como que em um resvaladouro, porquanto essa sua faculdade de escolha era fraca, para remover suficientemente toda escusa valeu-lhe aquela condi- ção original, pois não era razoável ser Deus constringido por esta lei, que fizesse 101. Primeira edição: “Desvairam, obviamente, de sorte que não atinjam nem o céu, nem a terra, [aqueles,] porém, que, professando-se discípulos serem de Cristo, com cindir-se entre os pareceres dos filósofos e a celeste doutrina, ainda buscam livre-arbítrio no homem perdido e abismado na morte espiritual. Melhor, porém, estas [cousas] em seu [devido] lugar.” CAPÍTULO XV 197 um homem que em absoluto, ou não pudesse, ou não quisesse pecar. Uma natureza desse gênero com toda certeza teria sido mais excelente. Entretanto, vai além de iníquo argumentar categoricamente com Deus, como se estivesse na obrigação de conferir isso ao homem, uma vez que estava em sua vontade dar tão pouquinho quanto quisesse.102 No entanto, por que não quis sustentá-lo com o poder de perseverança, isso está oculto em seu conselho secreto. A nós, realmente nos cabe saber com sobriedade. Com efeito, Adão recebera o poder, se quisesse; não teve, entretanto, o querer, por meio do qual pudesse, porque a perseverança acompanharia este querer. Todavia, não tem escusas quem recebeu tanto que, por seu próprio arbítrio, a si engendrasse a ruína. Aliás, nenhuma necessidade fora imposta a Deus para que não lhe outorgasse uma vontade medial e até passível de cair, para que da queda daquele derivasse matéria para sua glória.


Institutas.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Sentimentos Meus - sentido










2. O sentido da vida e a causa da felicidade são adorar a Deus


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Cristianismo para além dos cristãos






Cristianismo para além dos cristãos


  Onde está o Cristianismo? o que este conceito representa hoje para nós? será alguma instituição? há porventura alguém que o personifique?
  Dizem que o cristianismo é uma religião, definição rasteira para algo que não se pode saber ou prever, que não se pode manipular, ainda que muitos o queiram, ainda que todos o queiram.
  Segundo a Bíblia, o evangelho - aliás, nome pelo qual deve ser verdadeiramente conhecido o cristianismo - é poder de Deus, e, com isso, podemos imaginar que o cristianismo também o deve ser. Ao que podemos entender o Cristianismo enquanto forma universal da mensagem particular que é poder, considerando aqui, com maior precisão e relevância, a mensagem ao invés da sua forma ou meio de propagação. Assim, mensagem, que é poder de Deus, é o evangelho que, ao ser propagada se encorpa na forma de cristianismo. Eis aqui, seu fundamento, a saber: poder.
   Mas, continuamos a indagar: onde está este poder? como ele é? o que ele é? 
  Perguntamos o onde antes do que é pelo simples fato de que, uma vez sabendo sua localização exata, poderíamos chegar a sua definição. Tarefa esta que, acreditamos ser impossível. Contudo, não o é. 
  O poder, pois, é algo que está aí, algo dado no mundo cuja linguagem falha e ambígua o tenta traduzir. Daí os ritos, as controvérsias, as discórdias. 
  O Cristianismo é objetivamente universal e plural, não limitado às instituições que o professam, é livre de todas, mas a todas e a todos abraça.
   Ora, se o evangelho é poder, este só pode ter validade no coração, na alma, na razão. Não na razão humana, mas na razão sem razão de Deus. Razão sem razão é a razão antagônica, inlógica, atemporal, em termos bíblicos diríamos que os Pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos. Porém, pensamento em Deus é poder. Poder não apenas de querer, mas de fazer sempre. 
  Podemos proibir o alcance da mensagem? Somos limitadores deste poder? pode o coração mais negro e pecador possuí-lo? Pois bem, este poder nos dá poder em oculto encontrá-lo na mais profunda lama de nossas ações decaídas, não pelo primeiro pecado inocente, mas porque teríamos que conhecer a verdade sobre nós. Que nós somos a verdade de Deus e Deus a nossa verdade. Por isso, é preciso entender agora que para além dos cristãos existe o poder, não o poder do "deus" das religiões - todas elas -, mas no poder de um algo que está contido na mensagem cristã mas não lhe é monopólio e a ela não se detém. Se o conceito de Deus pertence a religião, é preciso um outro termo para que possamos começar a destituir "Deus" de toda religião, para que, em fim, possa ser, finalmente o "Deus" ao qual pertence o cristianismo, e, não o "Deus" que é pertencido pelo cristianismo. Prefiro chamar, tal Ser, de Algo.



Por Davi Gadelha Pereira

Continua...






quarta-feira, 3 de junho de 2015

Kant - Moral, Deus, religião e teleologia / Kant - Moral, God, religion and teleology

Kant - Moral, Deus, religião e teleologia



Vídeo que procura apresentar o surgimento da religião no sistema kantiano, o qual é erigido sobre o conceito de Deus enquanto incentivador e mobilizador moral. Também contempla o juízo reflexivo teleológico que é o objetivo final de toda filosofia de Kant na última Crítica.

Video that seeks to present the emergence of religion in the Kantian system, which is built on the concept of God as encouraging and mobilizing moral. Also includes the teleological reflective judgment which is the ultimate goal of all philosophy of Kant in the last criticism.

domingo, 31 de maio de 2015

O Nome de Deus YHWH

EM NOME DE DEUS

 O conceito hebraico do nome incluía personalidade, caráter, reputação, autoridade e façanhas. (É por isso que a nomeação e mudança de nome tem tanta importância na Bíblia.) 
Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg
Reitor da Faculdade Faculty at eTeacher

Moisés pergunta a Deus como ele deve responder para a sua comunidade em escravidão se perguntarem qual é o nome e autoridade daquele de quem Moisés fala como promissor da sua liberdade. (Ex. 3:13) A pergunta esperada “Qual é o seu nome?” é de extrema importância aqui. 

RESPOSTA DE DEUS

Deus respondeu primeiro: “אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה”. Esta frase אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה pode ser traduzida como “Eu sou (אֶהְיֶה) o que (אֲשֶׁר) sou (אֶהְיֶה)” ou “Eu serei (אֶהְיֶה) o que serei (אֶהְיֶה)”. Mas depois disso, Deus adicionou mais uma instrução. Ele disse para Moisés contar a eles: “YHWH (יְהוָה), o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou até você; este é o Meu nome eternamente e este é Meu memorial para todas as gerações”.

O NOME QUE NÃO PODE SER PRONUNCIADO

Não há dúvida de que YHWH (יְהוָה) é o nome declarado do Deus de IsraelNo entanto, não sabemos como pronunciar este grande nome do Senhor, já que o Hebraico Antigo não usava vogais, apenas consoantes (as vogais que você vê hoje nos textos em hebraico foram inventadas muito depois). Há também outro motivo pelo qual a maioria dos judeus acredita que as pessoas deveriam reverenciar e não pronunciar este grande nome. O motivo é bem simples: Ele é muito sagrado para ser dito em vão.

 O conceito hebraico do nome incluía personalidade, caráter, reputação, autoridade e façanhas. (É por isso que a nomeação e mudança de nome tem tanta importância na Bíblia.) 
Dr. Eli Lizorkin-Eyzenberg

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Sobre a invariabilidade de Deus e sua ausência de sentimentos












Pensar sobre Deus é o maior ato da mente humana

Davi Gadelha Pereira


Sobre a invariabilidade de Deus e sua ausência de sentimentos


Então, em nossa última conversa vc se referiu a imutabilidade de Deus em relação à sua Palavra, ou seja, que Deus não muda em seus decretos ou mandamentos, acho que foi isso que entendi. Bom, já está mais que notado na Bíblia a mudança de Deus com relação ao que Ele diz, veja   Êxodo 32:14 e Jonas 3:10, existem diversas situações como estas . Também é incoerente dizer que Deus não muda o que diz, mas que tem variação de ânimo com relação ao homem ao demonstrar sentimentos totalmente opostos em suas atitudes para conosco. Mas estas deduções são ainda infantis. Observemos que o versículo de Tiago que coloquei tem como contexto a bondade de Deus e não sua Palavra, neste caso, "bondade" é um atributo, assim como ira, amor, eternidade, etc, ora! se sua bondade não muda, porquê seu ânimo mudaria, se sua misericórdia é para sempre, porquê a sua ira também não o seria?? Todos os atributos de Deus, se Ele os tivesse de fato, assim como nós os entendemos, seriam plenos Nele, de maneira que se anulariam mutualmente. Quando a bíblia se refere à Palavra como eterna, não quer dizer que ela não mude, é bem diferente uma coisa da outra. O fato da Palavra de Deus ser atemporal, ou seja, o fato dela permanecer para sempre não quer dizer que ela não possa ser mudada ou alterada pelo próprio Deus, o qual pode fazer todas as coisas, o que quiser e bem entender. A Palavra é Dele e Ele pode dizer e desdizer o quanto quiser que permanecerá sendo eterna. O que eu tô chamando a atenção aqui é à própria imutabilidade da essência de Deus, a qual é sempre a mesma. Deus criou todas as coisas inclusive os sentimentos que os colocou em nós, seres humanos. Sentimento está aliado a sentidos, sensação, percepção, inclinação, e consequentemente, carnalidade. Somos sentimentais porque somos carnais e não porque somos espirituais. No espírito é onde está a firmeza, a perfeição, a "razão". Se formos guiados pela razão faremos sempre o que a lei de Deus manda e estaremos de acordo com ela, mas se nos deixamos guiar pelo sentimento, que é o que muitos místicos inclusive protestantes fazem, estão sendo guiados, na verdade, pelos seus próprios anseios. Não comecei a estudar a Palavra de Deus ontem não, fazem pelo menos 18 anos que me debruço na leitura e estudo de tudo quanto vc possa imaginar de coisas que falam das Escrituras. Portanto, quando venho a definir um pensamento, é porque cheguei a exaustão de verificá-lo. Bom, mas tudo isso é válido para o nosso crescimento e deleite intelectual e espiritual. Deus nos abençoe e vamos continuar debatendo. Bom veja também Salmo 33:11 onde os desígnios do coração de Deus duram para sempre, ou seja, a sua vontade, isso é referente ao tempo, mas que eles não são obrigados a serem sempre os mesmos, podem ser conflitados, porém a essência do que Deus é em si não pode variar, isso sim, seria uma incoerência com o todo de um Deus absoluto. Essência de uma coisa é aquilo que sem ela a coisa não é o que é. Logo se Deus muda como a natureza muda, Ele pode ser entendido panteísticamente, o que é absurdo. Por fim, quando em Malaquias Deus diz que não muda (verbo SHANÂ - mudar - Ml. 3:6), não há nenhum contexto que indique que seja sua Palavra, mas tão somente o prórpio ser de Deus, como o próprio verbo no hebraico indica. A chave a esse respeito é que Deus se arrepende, mas há uma palavra específica no hebraico para o arrependimento de Deus e outra para o arrependimento dos homens, pois são diferentes, o problema é que o povo quando lê mistura tudo aí vira um carnaval só.  Podemos nos prolongar mais, porém acho que dá pra ter uma noção com estes argumentos epistemológicos, semânticos, lógicos, linguísticos, hermenêuticos e exegéticos. O problema é que na hora do almoço só da pra falar o geral, kkkkk, é preciso todo um exercício de aprofundamento passo-a-passo para que cheguemos perto de algu resultado satisfatório. Pensar sobre Deus é o maior ato da mente humana. Abraço! Shalon!!



Davi Gadelha Pereira.